Nicarágua se retira da Corte de Justiça Centro-Americana

A Nicarágua decidiu se retirar da Corte de Justiça Centro-Americana, um tribunal sediado em Manágua e criado em 1992 para resolver as disputas na região, de acordo com um comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (19).

Este é mais um passo no isolamento do governo de esquerda do presidente Daniel Ortega e sua esposa, agora “copresidente” Rosario Murillo, que se retiraram da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) em fevereiro. Ele também deixou o Conselho de Direitos Humanos da ONU no mês passado.

“O Governo da República da Nicarágua transmite sua decisão soberana e irrevogável de […] retirar-se da Corte de Justiça Centro-Americana a partir desta data”, diz uma carta endereçada ao presidente do tribunal, César Ernesto Salazar, assinada em 18 de março pelo chanceler da Nicarágua, Valdrack Jaentschke.

A decisão foi tomada depois que quatro países da região bloquearam, pela segunda vez nesta semana, a candidatura do ex-chanceler nicaraguense Denis Moncada para presidir o Sistema de Integração Centro-Americano (Sica), proposta por Manágua.

A Corte de Justiça Centro-Americana era composta por todos os países da América Central, exceto a Costa Rica (que é membro do Sica) e a República Dominicana.

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