Aos 83 anos de idade, Ney Matogrosso inclui em sua trajetória de sucesso mais um feito. O cantor lança, na próxima quinta-feira, 1º, a cinebiografia “Homem com H”, da Paris Filmes, dirigido por Esmir Filho e protagonizado por Jesuíta Barbosa.
A obra mostra as diferentes fases da carreira do artista performático, desde a sua infância, passando pela adolescência até a vida adulta. O longa-metragem ainda destaca a origem humilde do cantor e as lutas que precisou defender para quebrar preconceitos.
Em um bate-papo rápido e exclusivo à IstoÉ Gente, Ney reflete sobre o caminho que percorreu até aqui e evidencia que nada nem ninguém o impediu de seguir seu sonho profissional.
“Desde que eu botei o pé nessa história foi tudo bom. Mesmo quando não dava certo, mesmo quando falavam mal, estava tudo bom para mim”, declara.
Ao ser questionado sobre o que teria fugido das suas expectativas, Matogrosso reforça que nunca se apegou às frustrações:
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“Um trabalho ou outro que foi menos sucesso, mas isso também nunca foi o referencial para mim. O referencial era eu estar ali com o prazer de fazer, sabe? E gente indo lá ver. Claro que em alguns momentos falaram muito mal de mim, mas isso tudo está para trás, sabe? Eu já nem esquento mais”, destaca.
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Discreto quando o assunto é sua vida pessoal, o cantor tornou público apenas alguns de relacionamentos. Um deles foi com Cazuza (1958-1990), que durou três meses. Já o outro foi com Marco de Maria, com quem ficou por 13 anos. Este morreu em decorrência de complicações do vírus da Aids.
O cantor confidencia que nunca pensou em desistir de sua trajetória profissional – que envolvia viagens para cumprir agenda de turnês de shows, presença em eventos, e noites de festas -, no entanto, já foi colocado contra a parede para escolher entre viver um amor ou continuar a carreira artística.
“[Desistir] Por causa dos outros? Jamais. Jamais desistiria por causa de alguém. Nem por causa de amor eu não ia desistir, porque uma vez eu ouvi: ‘Ou eu ou a carreira’. E eu disse: ‘A carreira’. Achei ridículo”, dispara ele, aos risos.
Jesuíta Barbosa (à esquerda) caracterizado como Ney Matogrosso (à direita)