14/12/2024 - 21:00
A brasileira Fernanda Torres foi apontada como potencial indicada ao Oscar de melhor atriz por seu trabalho no filme “Ainda Estou Aqui” pelo jornal americano The New York Times.
“Sucesso de bilheteria no Brasil gera expectativas de Oscar — e de um acerto de contas”, afirmou reportagem publicada neste sábado, 14, relembrando a indicação de Fernanda Montenegro, que é mãe de Torres, à premiação de 1999 por “Central do Brasil”
A repercussão internacional é um sinal relevante a respeito da campanha do longa-metragem pelos prêmios de melhor atriz e melhor filme internacional, tendo em vista que a maior parte dos votantes do Oscar está nos EUA, onde acontece a cerimônia. Os indicados serão anunciados em 17 de janeiro.
Em entrevista ao site IstoÉ, Fernanda Torres afirmou que uma eventual indicação “é importante, mas não é a medida de tudo”.
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As chances brasileiras
“Ela [Montenegro] perdeu para Gwyneth Paltrow, e o Brasil nunca superou o que muitos consideram uma injustiça”, destacou o texto do NYT, que mencionou a grande expectativa de que o longa de Walter Salles seja indicado a melhor filme internacional. “Mas as chances de Torres são mais incertas”.
“Torres chama a atenção de Hollywood como uma potencial candidata à disputa da cobiçada estatueta dourada, graças a um papel que provocou uma febre cinematográfica — e um acerto de contas — no maior país da América Latina”, prosseguiu a matéria.
De acordo com o jornal, o cenário para 2025 é complexo, dadas as possíveis indicações das estrelas americanas Angelina Jolie, por “Maria”, e Nicole Kidman, por “Babygirl”.
Trama em destaque
O NYT destacou o tema referente à ditadura militar brasileira (1964-1985) como um importante fator de conexão entre o público brasileiro e o longa-metragem. Há ainda um breve relato sobre a família Paiva, em torno da qual gira a obra, e uma comparação com tempos recentes, citando comentários elogiosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito do período de censura e violência.
“O filme rapidamente se consagrou como um tesouro nacional, quebrando recordes de bilheteria e ofuscando habituais sucessos de público, como Wicked e Gladiador”, concluiu a reportagem. O filme já é o maior sucesso de público dos cinemas brasileiros desde a pandemia de covid-19.