Na quarta-feira (11), Luisa Mell foi internada num hospital de São Paulo após ter uma convulsão. IstoÉ Gente conversou com Wanderley Cerqueira, neurocirurgião e neurologista do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or, que explicou sobre o quadro convulsional que a ativista da causa animal teve.

ISTOÉ GENTE: Por que ocorre uma convulsão?
Dr.: Uma convulsão corresponde a contrações musculares no corpo, que podem acometer braço, perna, face, todo um lado do corpo ou até mesmo generalizada. Existem vários tipos de convulsões,desde período de ausência (desligamento) até contrações generalizadas com perda de consciência, salivação, perda de urina e sonolência após a crise.

ISTOÉ GENTE:  É possível evitar que aconteça uma convulsão ?
Dr.: Uma convulsão é espontânea, mas pode ser desencadeada por distúrbios eletroquímicos no cérebro, infecções (meningite), cisticercose “bicho da carne de porco), após traumatismo craniano, tumores cerebrais entre outros. O paciente não consegue evitar as crises, pois é um quadro involuntário.

ISTOÉ GENTE: Convulsão pode deixar sequelas?
Dr.: Uma convulsão geralmente não é grave e é autolimitada e com duração de poucos minutos e cessa espontaneamente. Não é aconselhável conter o paciente. O mesmo deve ser observado e encaminhado a um hospital para uma investigação por imagem, eletroencefalograma, ficar em observação ou ser medicado.

ISTOÉ GENTE: No caso de Luísa Mell, que teve uma convulsão, ela disse que está passando por muito estresse, isso ocasionou ?
Dr.: O estresse por si só não é a causa de uma crise convulsiva. As crises podem ser desencadeadas se o paciente tem histórico de epilepsia ou antecedente de outras crises.

ISTOÉ GENTE: Qual o tratamento médico de uma pessoa que teve convulsão?
Dr.: O tratamento deve o correr se o paciente tem crises frequentes ou repetidas e ser medicado com anticonvulsivante. Sempre deve-se investigar as possíveis causas com exames de imagem (Tomografia, ressonância docérebro e eletroencefalograma para se destacar atividades irritativas nos neurônios – descargas eletroquímicas). Antigamente ainda se tem algum estigma para pacientes com epilepsia, mas as informações ao público melhoram muito.

Vale ressaltar que Luisa Mell teve alta médica nesta sexta-feira (13)