Após Guta Stresser, de 49 anos, a eterna Bebel de “A Grande Família”, revelar que foi diagnosticada com esclerose múltipla, a Istoé Gente conversou com o médico Wanderley Cerqueira de Lima, que é neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, que explicou tudo sobre a doença da atriz. Confira!

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“A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune (as próprias células de defesa do organismo o atacam). Por motivos genéticos ou ambientais, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas do cérebro e medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo. Quando esse caminho é prejudicado pelas lesões provocadas pela enfermidade, essas informações se espalham gerando diversos sintomas”, começou o médico.

“Os ataques, chamados surtos, são crises inflamatórias que danificam a bainha de mielina causando cicatrizes, também chamadas de placas ou lesões. Há ainda, desde o início da doença, degeneração das próprias fibras nervosas ou axônios. Os surtos ocorrem aleatoriamente, variando em número e frequência, de pessoa para pessoa”, continuou.

Sintomas da Esclerose Múltipla:

– Fadiga
– Distúrbios visuais
– Rigidez
– Fraqueza muscular
– Desequilíbrio
– Alterações sensoriais
– Dor
– Disfunção da bexiga e/ou do intestino
– Disfunção sexual
– Dificuldade para articular a fala
– Dificuldade para engolir
– Alterações emocionais
– Alterações cognitivas

Wanderley Cerqueira finalizou explicando o melhor tratatamento para a doença: “Embora ainda não exista cura para a (EM), há tratamentos medicamentosos que buscam reduzir a atividade inflamatória e a ocorrência dos surtos ao longo dos anos, contribuindo para a diminuição do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. Além do foco na doença, tratar os sintomas é muito importante para a qualidade de vida dessas pessoas. Os medicamentos utilizados, bem como todo o tratamento, devem ser indicados e acompanhados pelo médico neurologista/neurocirurgião de forma individualizada”.

Vale ressaltar que, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a enfermidade.