Após a sensitiva Márcia Fernandes, de 70 anos, revelar que foi diagnosticada com aneurisma cerebral, a Istoé Gente conversou com o médico Wanderley Cerqueira de Lima, que é neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein, que explicou tudo sobre a doença da espiritualista.
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Ao dar uma entrevista para o podcast Pod Delas, Márcia contou que foi diagnosticada com aneurisma cerebral há cerca de dois meses. Na sabatina, a veterana ainda disse não estar preocupada com o diagnóstico, devido já saber a verdadeira causa de sua própria morte.
“Eu passei mal, tive um esquecimento faz dois meses, esqueci que estava na casa do meu filho e tinha passado na cancela. Fui para o hospital Albert Eistein, em São Paulo, e meu médico me internou para fazer uma ressonância. Eu já sabia que ia dar bode”, disse a sensitiva.
“Sabe com que eu estou? Um aneurisma cerebral. Você está me vendo triste? Não! Não vai acontecer nada comigo. Daqui a dois meses, eu vou ver. Se estiver maior, corta. Eu não vou morrer de aneurisma, vou morrer envenenada com remédio”.
“Eu já fiquei internada com tanto calmante que eu tomava. Eu vou morrer com problema no aparelho digestivo”, finalizou ela.
“O aneurisma cerebral é um ponto fraco ou fino em uma artéria do cérebro que se dilata, ou se projeta e se enche de sangue e é conhecido na área médica neurológica como “balão”. O aneurisma protuberante pode pressionar os nervos ou o tecido cerebral. Também pode estourar ou romper, derramando sangue no tecido circundante (chamado de hemorragia)”, começa o médico.
“Um aneurisma rompido pode causar sérios problemas de saúde, como AVC- acidente vascular cerebral hemorrágico, danos cerebrais, coma e até morte. Alguns aneurismas cerebrais, principalmente os muito pequenos, não sangram nem causam outros problemas. Esses tipos de aneurismas geralmente são detectados durante exames de imagem para outras condições médicas. Os aneurismas cerebrais podem ocorrer em qualquer parte do cérebro, mas a maioria se forma nas principais artérias ao longo da base do crânio”.
“Os aneurismas cerebrais podem ocorrer em qualquer pessoa e em qualquer idade. Eles são mais comuns em adultos entre 30 e 60 anos e são mais comuns em mulheres do que em homens. Pessoas com certos distúrbios hereditários também estão em maior risco. Todos os aneurismas cerebrais têm o potencial de se romper e causar sangramento no cérebro ou na área circundante”, continuou Wanderley Cerqueira.
Sem sintomas
A maioria dos aneurismas cerebrais não apresenta sintomas até que se tornem muito grandes, ou se rompam. Pequenos aneurismas imutáveis geralmente não produzem sintomas.
Um aneurisma maior que está crescendo constantemente pode pressionar tecidos e nervos causando:
• Dor acima e atrás do olho
• Dormência
• Fraqueza
• Paralisia de um lado do rosto
• Uma pupila dilatada no olho
• Alterações de visão ou visão dupla
Aneurisma rompido
Quando um aneurisma se rompe (explosões), a pessoa sempre experimenta uma dor de cabeça repentina e extremamente intensa (por exemplo, a pior dor de cabeça da vida) e também pode desenvolver:
• Visão dupla
• Náusea
• Vômito
• Torcicolo
• Sensibilidade à luz
• Convulsões
• Perda de consciência (isso pode acontecer brevemente ou pode ser prolongado)
• Paragem cardíaca
Aneurisma com vazamento
Às vezes, um aneurisma pode vazar uma pequena quantidade de sangue para o cérebro (chamado sangramento sentinela). Dores de cabeça sentinela ou de alerta podem resultar de um aneurisma que sofre um pequeno vazamento, dias ou semanas antes de uma ruptura significativa. Mas é preciso saber que apenas uma minoria de indivíduos tem uma cefaleia sentinela antes da ruptura.
Se o paciente sentir uma dor de cabeça repentina e intensa, especialmente quando combinada com outros sintomas, tem que procuraratendimento médico imediato.
Causas
Os aneurismas cerebrais se formam quando as paredes das artérias do cérebro se tornam finas e enfraquecem. Os aneurismas geralmente se formam em pontos de ramificação nas artérias porque essas seções são as mais fracas. Ocasionalmente, os aneurismas cerebrais podem estar presentes desde o nascimento, geralmente resultantes de uma anormalidade na parede da artéria.
Fatores de risco para desenvolver um aneurisma
Às vezes, os aneurismas cerebrais são o resultado de fatores de risco hereditários, incluindo:
• Distúrbios genéticos do tecido conjuntivo que enfraquecem as paredes das artérias
• Doença renal policística (na qual numerosos cistos se formam nos rins)
• Malformações arteriovenosas (emaranhados de artérias e veias no cérebro que interrompem o fluxo sanguíneo (algumas MAVs se desenvolvem esporadicamente ou por conta própria)
• História de aneurisma em um familiar de primeiro grau (filho, irmão ou pai)
Outros fatores de risco se desenvolvem ao longo do tempo e incluem:
• Pressão alta não tratada
• Fumar cigarro
• Abuso de drogas, especialmente cocaína ou anfetaminas, que aumentam a pressão arterial a níveis perigosos. O abuso de drogas intravenosas é uma causa de aneurismas micóticos infecciosos
• Idade superior a 40
Fatores de risco menos comuns incluem:
• Trauma na cabeça
• Tumor cerebral
• Infecção na parede arterial (aneurisma micótico).
Além disso, pressão alta, tabagismo, diabetes e colesterol alto colocam a pessoa em risco de aterosclerose (uma doença dos vasos sanguíneos na qual as gorduras se acumulam no interior das paredes das artérias), o que pode aumentar o risco de desenvolver um aneurisma fusiforme.
Fatores de risco para a ruptura de um aneurisma
Nem todos os aneurismas se rompem. As características do aneurisma, como tamanho, localização e crescimento durante a avaliação de acompanhamento, podem afetar o risco de ruptura do aneurisma. Além disso, as condições médicas podem influenciar a ruptura do aneurisma.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo e estágio da doença que pode ser desde medicamentos como anticoagulantes e cirurgias.
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