O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, iniciou, nesta segunda-feira (7), na Casa Branca, sua segunda visita aos Estados Unidos desde o retorno à Presidência americana, em janeiro, de Donald Trump, com quem abordará as tensões no Oriente Médio e a guerra comercial desencadeada por Washington.
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Netanyahu chegou à Casa Branca às 13h30 locais (14h30 de Brasília) para uma reunião bilateral com Trump. No entanto, a coletiva de imprensa conjunta que estava prevista com os dois governantes foi cancelada.
No começo de fevereiro, o presidente republicano surpreendeu a comunidade internacional em seu primeiro encontro presencial com Netanyahu, com sua ideia de os Estados Unidos assumirem o controle da Faixa de Gaza para desenvolver um projeto imobiliário no local.
Esta segunda reunião acontece enquanto o mundo se recupera do colapso dos mercados causado pela guerra comercial mundial declarada por Trump.
Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido na Casa Branca desde que o presidente dos EUA anunciou uma tarifa universal de 10% sobre todas as importações, além de taxas adicionais para a maioria de seus parceiros comerciais, incluindo Israel, que entrarão em vigor em 9 de abril.
“Acho que isso reflete o relacionamento pessoal especial e o vínculo único entre os Estados Unidos e Israel, que é tão vital neste momento”, disse Netanyahu antes de sua chegada.
O líder de Israel, parceiro estratégico dos Estados Unidos no Oriente Médio, tentará convencer o republicano a isentar Israel, ou pelo menos reduzir, as tarifas de 17% previstas para o meio da semana.
Os dois líderes também discutirão a guerra na Faixa de Gaza, os reféns israelenses em cativeiro e a crescente “ameaça iraniana”, segundo o governo israelense, que retomou a ofensiva em Gaza em 18 de março após uma trégua de dois meses com o Hamas.
Desde então, mais de 1.330 pessoas foram mortas em operações aéreas e terrestres israelenses no território palestino, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Além disso, cerca de 400 mil foram deslocadas em Gaza desde o fim da trégua, segundo as Nações Unidas.