O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta quarta-feira (26) um convite a uma conferência sobre antissemitismo organizada pela Unesco em Nova York argumentando o “persistente viés” desta organização contra Israel, segundo seu gabinete.

Netanyahu se encontra atualmente em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

“Embora elogie todos os esforços para combater o antissemitismo, decidi não participar da conferência da Unesco esta semana sobre antissemitismo devido ao persistente e ultrajante viés contra Israel”, disse Netanyahu em um comunicado divulgado por seu gabinete.

Israel se retirou da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2017 acusando-a de ser anti-israelense, uma decisão posterior à retirada dos Estados Unidos desta instituição.

“Com a retirada da Unesco em 2017, Israel e Estados Unidos deixaram claro que o antissemitismo da Unesco não poderia mais ser tolerado”, afirmou Netanyahu.

“Quando (…) a Unesco acabar com seus preconceitos anti-israelenses, parar de negar a história e começar a lutar pela verdade, Israel terá a honra de participar, mas, enquanto isso, Israel vai lutar contra o antissemitismo na Unesco e em todas as partes”, acrescentou.

A Unesco provocou ira em Israel em julho 2017 ao inscrever a Cidade Velha de Hebron na lista do Patrimônio Mundial em Perigo e ao caracterizar Hebron, na Cisjordânia ocupada, como uma cidade islâmica. Os judeus reivindicam uma presença de 4.000 anos neste lugar.

Em 2011, a Unesco decidiu admitir a Palestina como membro de pleno direito da instituição.