Netanyahu quer tomar controle total de Gaza, diz TV israelense

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Benjamin Netanyahu , primeiro-ministro de Israel, é responsável por política de isolamento humanitário em Gaza Foto: Reuters

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está inclinado a expandir a ofensiva em Gaza e a tomar todo o território, disse o Canal 12 de Israel, citando um integrante de seu gabinete, nesta segunda-feira.

Netanyahu reunirá seu gabinete na terça-feira, 5, para tomar uma decisão sobre o assunto, conforme informou a mídia israelense.

Ainda nesta segunda-feira, 4, o premiê alegou que dará “instruções” sobre a continuação da guerra na Faixa de Gaza, em um contexto de crescente pressão sobre seu governo para encerrar o conflito e libertar os reféns.

“Estamos no meio de uma guerra intensa na qual obtivemos sucessos muito importantes, históricos, porque não estávamos divididos […] devemos continuar unidos”, disparou.

Ele ressaltou que os “objetivos da guerra” incluem “derrotar o inimigo, libertar nossos reféns e garantir que Gaza deixe de ser uma ameaça para Israel”.

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Apelos internacionais pelo fim da guerra

O governo israelense, em guerra contra o Hamas desde o ataque do movimento islamista em 7 de outubro de 2023, enfrenta uma pressão interna cada vez maior.

Cerca de 600 ex-funcionários de segurança de Israel, entre eles vários ex-chefes do Mossad e da agência de segurança interna – o Shin Bet -, pediram nesta segunda-feira ao presidente americano, Donald Trump, que pressione Netanyahu a pôr fim à guerra e trazer os reféns de volta.

“Parem a guerra em Gaza!”, exorta a carta, assinada por 550 ex-chefes de espionagem, militares, policiais e diplomatas, há três décadas no centro de todos os segredos de Israel e que, “juntos, têm mais de mil anos de experiência em segurança nacional e diplomacia”.

Netanyahu “está levando Israel para a ruína e os reféns, à morte”, denunciou, por sua vez, o Fórum de Famílias de Reféns, a principal organização de familiares dos cativos.

A comunidade internacional também tem suplicado para que Israel abra os canais humanitários em Gaza, já que o estado só autoriza a entrada de ajuda considerada insuficiente pela ONU.