Benjamin Netanyahu e outros membros do novo parlamento israelense tomaram posse nesta após vencer as eleições de 9 de abril.

O parlamento passa agora a realizar sessões que discurão projetos controversos sobre a relação entre Estado e religião ou para proteger Netanyahu de processos judiciais que pesam contra ele.

O procurador-geral anunciou em fevereiro sua intenção de acusar o primeiro-ministro de corrupção, fraude e quebra de confiança em três casos.

O partido Likud de Netanyahu ganhou 35 dos 120 assentos no Parlamento, ou seja, o mesmo número que os seus principais adversários da Aliança Branca e Azul (centro direita), liderados pelo ex-chefe do Exército, Benny Gantz.

Netanyahu agora tem 28 dias para chegar a um acordo com seus parceiros e formar governo, prazo que pode ser prorrogado por mais 14 dias.

Netanyahu, 69 anos, está no poder continuamente desde 2009. No total, ele está no comando do país há 13 anos, levando em conta um mandato anterior entre 1996 e 1999.

Netanyahu terá a delicada tarefa de reconciliar as demandas e interesses contraditórios de seus futuros aliados.

Um primeiro obstáculo é uma lei proposta por Avigdor Lieberman, líder do partido nacionalista e secular Yisrael Beiteinu, para cancelar a isenção do serviço militar que beneficiam dezenas de milhares de alunos de escolas talmúdicas.

Por outro lado, Netanyahu indicou durante a campanha estar pronto para anexar assentamentos israelenses na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel.

Esta decisão poderia significar o fim da solução dos “dois Estados”, impedindo a criação de um Estado Palestino.