O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (15) que ordenou aos negociadores que “avancem” nas conversas sobre a libertação dos reféns mantidos em Gaza, após perceber uma oportunidade.
“Dei instruções anteontem para avançar nas negociações, porque vi uma abertura”, disse Netanyahu, em um vídeo divulgado por seu gabinete, em referência às negociações com o movimento islamista palestino Hamas para a libertação dos reféns que continuam cativos em Gaza.
O premiê não deu mais detalhes sobre essas negociações.
Em uma entrevista à emissora Fox News, Netanyahu fez referência mais tarde à proposta do enviado especial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que prevê “um cessar-fogo de 60 dias [em Gaza], durante o qual metade dos reféns seria libertada imediatamente”.
Essa proposta tem sido discutida nas negociações indiretas entre Israel e Hamas há mais de dois meses, sem que se tenha chegado a um resultado até agora.
“E eu disse, sim, estamos prontos. Houve avanços nesse tema. Espero que consigamos fazê-lo”, afirmou Netanyahu na entrevista. “Estou determinado a tirá-los de lá.”
Essas declarações ocorrem no terceiro dia de confrontos militares entre Israel e Irã, desencadeados após um ataque israelense sem precedentes contra a República Islâmica.
O Exército israelense anunciou neste domingo que os restos mortais do refém não identificado trazido de volta a Israel na quarta-feira eram de Aviv Atzili, assassinado em 7 de outubro de 2023, primeiro dia da guerra desencadeada após o ataque do Hamas contra Israel.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia em Israel, 52 continuam retidas na Faixa de Gaza, das quais ao menos 30 já morreram, segundo as autoridades israelenses.
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