O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evocou nesta quinta-feira (23) a “cooperação frutífera” e “secreta” de Israel com os países árabes, em um contexto de preocupação pela crescente influência do Irã no Oriente Médio.

Vários dirigentes israelenses declararam recentemente que o temor dos países árabes e Israel em relação ao Irã acreditam em uma convergência de interesses, dando a entender que isso pode levar a uma reconfiguração da diplomacia regional.

Com exceção de Egito e Jordânia, que assinaram um tratado de paz com Israel, nenhum país árabe, inclusive entre os que não participaram de nenhuma guerra árabe-israelense, têm relações oficiais bilaterais com o Estado hebreu.

“Nossa cooperação frutífera com os países árabes é em geral secreta, mas estou convencido de que as relações con eles continuarão amadurecendo e que isso permitirá ampliar o círculo de paz”, disse Netanyahu em um discurso de comemoração pelo 44º aniversário da morte do fundador do Estado de Israel, David Ben Gourion.

Na semana passada, em uma pouco habitual entrevista a um veículo de mídia árabe, o chefe de Estado-Maior israelense Gadi Eisenkot disse que Israel estava disposto a cooperar e a trocar informação com a Arábia Saudita “para enfrentar o Irã”.

Essas declarações alimentaram as especulações sobre uma possível aliança entre Israel e Arábia Saudita contra Irã e seu aliado, o Hezbollah libanês, outro inimigo de Israel.