O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (19) que busca a libertação do “máximo de reféns vivos” durante a primeira etapa de um plano de três fases proposto pelos Estados Unidos para um cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza.

“Gostaria de enfatizar: os esforços para libertar o máximo reféns vivos durante a primeira fase do acordo”, declarou Netanyahu em um vídeo divulgado por seu gabinete, após uma reunião do premiê com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O plano proposto no fim de maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prevê, na primeira fase, uma trégua de seis semanas acompanhada da retirada das tropas israelenses das áreas densamente povoadas de Gaza, bem como a libertação de parte dos 111 reféns sequestrados durante o ataque do Hamas em 7 de outubro que ainda permanecem na Faixa.

Por semanas, Israel e Hamas afirmaram apoiar o plano proposto por Biden, mas agora o movimento islamista acusa os israelenses de terem acrescentado “novas condições” à iniciativa.

Netanyahu afirmou nesta segunda-feira que “não pode” ser “flexível” em alguns pontos e defendeu “negociações, não uma troca onde se dá algo sem receber nada em troca”.

Em reação às declarações de Blinken, que novamente pediu um acordo o mais rapidamente possível sobre Gaza, o Fórum das Famílias de Reféns instou “todas as partes envolvidas a assinarem um acordo o quanto antes”.

Este grupo israelense, composto por famílias com parentes em cativeiro em Gaza, acrescentou em um comunicado que “o tempo para os reféns está contado”.

“Não podemos permitir que esta ocasião crucial seja desperdiçada, pois pode ser a última”, insistiu o Fórum.

Milicianos islamistas do Hamas mataram 1.198 pessoas no ataque de 7 de outubro, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um levantamento da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Do total de sequestrados, 111 ainda estão em Gaza, embora 39 tenham sido declarados mortos pelo Exército israelense.

A ofensiva israelense em Gaza deixou pelo menos 40.139 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado desde 2007 pelo Hamas.

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