A líder opositora e ganhadora do Nobel da Paz María Corina Machado expressou seu apoio às “ações decididas” de Israel na Faixa de Gaza durante uma conversa telefônica, informou nesta sexta-feira (17) o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Machado foi laureada com o Nobel na semana passada e já havia tentado se aproximar de Netanyahu no passado, antes do conflito em Gaza, que começou em 2023.
“A senhora Machado expressou ao primeiro-ministro seu profundo agradecimento por suas decisões e ações firmes durante a guerra, assim como pelos êxitos de Israel”, afirmou o gabinete de Netanyahu em uma mensagem publicada na rede X.
A opositora também elogiou o acordo para a libertação dos reféns em Gaza promovido pelos Estados Unidos, segundo a nota.
“Os venezuelanos valorizam profundamente a paz e sabem que alcançá-la exige imensa coragem, força e clareza moral para nos opormos às forças totalitárias que se opõem a nós”, declarou Machado na rede X.
“Não surpreende que o regime iraniano, um apoio-chave do governo de Maduro na Venezuela, também apoie organizações terroristas como o Hamas, o Hezbollah e os huthis”, acrescentou Machado, que também defendeu “todas as nações do Oriente Médio”, ao afirmar que merecem um futuro de “dignidade”, “justiça”, “esperança” e não de “medo”.
Segundo o gabinete de Netanyahu, ele parabenizou Machado por seu Prêmio Nobel e “elogiou suas ações em favor da democracia e da ampliação do círculo da paz mundial”.
Há uma semana, o presidente colombiano, Gustavo Petro, questionou o Nobel concedido a Machado por uma carta enviada a Netanyahu em 2018, na qual ela pedia seu apoio para uma mudança de governo na Venezuela.
“Pergunto a María Corina Machado se ela pode se afastar de Netanyahu e de seus amigos nazistas e se é capaz de ajudar a impedir uma invasão a seu país”, disse Petro, um duro crítico de Netanyahu.
O governo de Nicolás Maduro denunciou recentemente ao Conselho de Segurança da ONU que os Estados Unidos planejam “em um prazo muito curto executar um ataque armado contra a Venezuela”.
A denúncia foi apresentada após o envio de forças militares de Washington às águas do sul do Mar do Caribe, próximas à Venezuela, sob o argumento de combater o “narcotráfico”. Machado apoia essas manobras.
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