TEL AVIV, 7 AGO (ANSA) – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta quinta-feira (7) os planos de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza ao final da guerra, mas disse que não tem a intenção de anexar o enclave palestino.
As declarações foram divulgadas pela imprensa israelense após o premiê participar de uma coletiva com jornalistas indianos, depois de um encontro com o embaixador de Nova Deli em Israel.
Na ocasião, Netanyahu reiterou os objetivos de Israel, incluindo o desmantelamento do Hamas e o retorno incondicional de todos os reféns, acrescentando que o conflito poderia terminar imediatamente se o movimento islâmico depusesse as armas e libertasse os presos.
Segundo ele, Israel quer libertar o enclave palestino do Hamas, não governá-la. “Queremos criar um perímetro de segurança e entregar Gaza às forças árabes que a governarão adequadamente”.
Por fim, destacou que a “operação em Gaza não é irreversível” e está pronto “para considerar interrompê-la se o Hamas aceitar as condições de Israel”.
O gabinete de segurança do país judeu discute o assunto em uma reunião, em meio às preocupações da comunidade internacional sobre os riscos humanitários da iniciativa.
Por sua vez, o Hamas afirmou que “a expansão da agressão contra nosso povo não será moleza: o preço será alto e doloroso”.
“As palavras de Netanyahu revelam as verdadeiras motivações por trás de sua retirada da última rodada de negociações, apesar de estarmos perto de um acordo final. Seus planos de expandir a agressão demonstram que ele pretende libertar os reféns e sacrificá-los por seus próprios interesses pessoais”, ressaltou o grupo palestino. (ANSA).