Israel não dará continuidade ao cessar-fogo em Gaza até receber uma lista dos 33 reféns que serão libertados pelo Hamas na primeira fase do acordo, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste sábado.
“Não avançaremos com o acordo até recebermos a lista dos reféns que serão libertados, conforme combinado. Israel não tolerará violações do acordo. A responsabilidade exclusiva é do Hamas”, disse Netanyahu em um comunicado.
O premiê ainda disse que o acordo para o cessar-fogo em Gaza é “temporário”.
Esse é o primeiro discurso de Netanyahu desde a aprovação do acordo pelo governo, na madrugada deste sábado, decisão contestada por partidos de extrema direita, como o Otzma Yehudit (Poder Judeu), que entregará seus três ministérios após a entrada em vigor do cessar-fogo.
O gabinete Netanyahu também ameaça paralisar o acordo se o Hamas não divulgar os nomes dos reféns que serão libertados – espera-se que três mulheres civis sejam as primeiras.
A guerra foi deflagrada em 7 de outubro de 2023, após o grupo fundamentalista assassinar 1,2 mil israelenses em atentados sem precedentes no país judeu. Desde então, a resposta de Israel já fez quase 47 mil vítimas na Faixa de Gaza.