Netanyahu denuncia artigo de imprensa que acusa Exército israelense de massacrar civis

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou “categoricamente”, nesta sexta-feira (27), um artigo do jornal israelense de esquerda Haaretz que diz que soldados israelenses teriam recebido ordens para atirar contra civis desarmados que esperavam receber ajuda humanitária em Gaza.

“O Estado de Israel rejeita categoricamente as repugnantes acusações de assassinato ritual publicadas no jornal Haaretz”, escreveu Netanyahu em um comunicado conjunto com seu ministro de Defesa, Israel Katz.

“São mentiras mal-intencionadas destinadas a manchar as Forças de Defesa de Israel, o Exército mais moral do mundo”, acrescenta o texto.

A acusação de assassinato ritual é uma calúnia antissemita que remonta pelo menos à Idade Média segundo a qual os judeus assassinavam crianças como parte de rituais religiosos.

O conflito em Gaza começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque de Hamas no sul de Israel, que causou a morte de 1.219 pessoas, em sua maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza, onde já morreram mais de 56 mil pessoas, em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas. A ONU considera esses dados confiáveis.

No início de março, Israel impôs um bloqueio humanitário ao território palestino, o que provocou uma grave escassez de alimentos, remédios e outros bens essenciais.

O bloqueio foi parcialmente levantado no final de maio, quando a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, começou a distribuir ajuda, contando com contratantes armados para garantir a segurança.

Segundo o ministério de Saúde de Gaza controlado pelo governo do Hamas, quase 550 pessoas morreram e 4 mil ficaram feridas nas enormes filas que se formam para chegar aos diferentes centros de distribuição de ajuda humanitária em Gaza.

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