Netanyahu critica líderes que reconheceram Estado palestino

Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu Foto: JACK GUEZ/Pool via REUTERS/File Photo

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou nesta quinta-feira os governantes que reconheceram a Palestina como Estado antes de sua viagem a Nova York, onde se reunirá com Donald Trump e fará um discurso na sexta-feira na Assembleia Geral da ONU.

“Na Assembleia Geral, eu falarei a nossa verdade: a verdade dos cidadãos de Israel, a verdade dos soldados, a verdade da nossa nação”, declarou Netanyahu no aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, antes de sua viagem, segundo um comunicado divulgado por seu gabinete.

“Eu condenarei aqueles líderes que, ao invés de condenar os assassinos, estupradores e queimadores de crianças, querem dar a eles um Estado no coração de Israel”, acrescentou, em referência ao movimento islamista palestino Hamas e seu ataque surpresa de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual guerra em Gaza.

Netanyahu, que desde novembro de 2024 é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza, reiterou que a criação de um Estado palestino “não vai acontecer”.

Na segunda-feira, a França presidiu uma reunião de cúpula especial à margem da Assembleia Geral, na qual vários governos ocidentais reconheceram a Palestina como Estado, com o argumento de dar uma possibilidade à paz após quase dois anos de guerra em Gaza.

França, Reino Unido, Canadá, Austrália, Portugal e Bélgica anunciaram o reconhecimento da Palestina como Estado.

O primeiro-ministro israelense também planeja uma nova reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Eu vou conversar com ele sobre as grandes oportunidades que nossas vitórias trouxeram, assim como sobre nossa necessidade de completar os objetivos da guerra: trazer de volta todos os nossos reféns, derrotar o Hamas e expandir o círculo de paz que se abriu para nós”, disse Netanyahu.

O Exército israelense iniciou uma grande ofensiva na Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território palestino, e centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir para o sul da Faixa.