O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que tenta evitar uma crise de sua coalizão do governo, afirmou neste domingo que seria “irresponsável” convocar eleições antecipadas.

“Ir agora às urnas seria irresponsável. (…) A segurança do Estado vai além das considerações políticas”, disse em uma declaração na televisão, na que criticou alguns dos membros de sua coalizão que ameaçam abandoná-la.

O primeiro-ministro conta com uma frágil maioria parlamentar (um assento) desde a saída, na quarta-feira, de seu ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, chefe do partido nacionalista Israel Beitenu (5 assentos). O Parlamento conta com 120 assentos.

Outro membro-chave da coalizão, Naftali Bennett, ministro da Educação e chefe do partido nacionalista religioso Lar Judaico (8 deputados), tinha exigido obter a pasta de Defesa, mas o primeiro-ministro, que também controla a pasta das Relações Exteriores, lhe negou o pedido na sexta-feira.

“Sou ministro da Defesa pela primeira vez”, declarou Netanyahu neste domingo.

Antes de falar na televisão, Netanyahu se reuniu com o ministro das Finanças, Moshe Kahlon, do partido Kulanu (10 assentos), mas o encontro terminou “sem resultados”, segundo o porta-voz do ministro. Ambos devem voltar a se ver durante a semana.

Após a saída de Lieberman, o apoio de Kahlon é vital para Netanyahu. Mas Kahlon se posicionou a favor da organização de eleições “o quanto antes”. A atual legislatura termina em novembro de 2019.