Nenhum grito de inocentes ficará sem ser ouvido, diz Leão XIV

VATICANO, 17 JUL (ANSA) – O papa Leão XIV recebeu peregrinos ortodoxos gregos, católicos, bizantinos e latinos dos Estados Unidos nesta quinta-feira (17) e afirmou que os gritos de vítimas inocentes de violência não ficarão sem ser ouvidos.   

A declaração foi dada durante audiência com os participantes da Peregrinação Ecumênica Ortodoxa-Católica dos Estados Unidos em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, onde o Santo Padre está de repouso.   

“Sabemos que nenhum grito de vítimas inocentes de violência, nenhum lamento de mães em luto por seus filhos ficará sem ser ouvido”, declarou.   

“Nossa esperança está em Deus, e justamente porque nos alimentamos continuamente da fonte inesgotável de sua graça, somos chamados a ser testemunhas e portadores da esperança”, acrescentou ele.   

Em mais uma pausa em seu período de descanso, Robert Prevost também destacou que a viagem dos religiosos “tem como propósito um retorno às raízes, às fontes, aos lugares e aos memoriais dos apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, e do apóstolo André, em Constantinopla”.   

Além disso, recordou o significado simbólico da iniciativa, especialmente por ocorrer no ano em que se comemora o 1700º aniversário do Concílio de Niceia, pediu para os peregrinos levarem uma “saudação fraterna” ao Patriarca Bartolomeu I e manifestou o desejo de reencontrá-lo na celebração ecumênica.   

“O Espírito Santo suscitou nos corações a disponibilidade para dar aqueles passos como presságio profético da unidade plena e visível. Também nós devemos continuar a implorar ao Paráclito, o Consolador, a graça de perseverar no caminho da unidade e da caridade fraterna”, afirmou.   

O Pontífice norte-americano reiterou ainda que “a unidade entre os cristãos não deve se transformar em disputa”, mas sim “refletir o dom da consolação prometida por Deus”.   

Por fim, Leão XIV apelou à redescoberta das raízes da fé apostólica e à missão de testemunhar o Evangelho no mundo contemporâneo. “Que esse retorno às raízes da nossa fé nos faça experimentar o dom da consolação de Deus e nos torne capazes, como o Bom Samaritano, de derramar o óleo da consolação e o vinho da alegria sobre a humanidade de hoje”, concluiu. (ANSA).