Virou meme da internet as propagandas do Globo Repórter, na magnífica voz de Sérgio Chapelin, que costumeiramente diziam (sobre algumas espécies animais, inclusive a humana, hehe): “quem são, onde vivem, o que comem”? Pois é. Estou me sentindo assim. Quando o Datafolha estima em meros 6% os eleitores que rejeitam o verdugo do Planalto e meliante de São Bernardo, sinto-me uma raridade em Banânia.

O Brasil possui cerca de 155 milhões de cidadãos aptos a votar, o que não significa eleitores, pois dezenas de milhões não votam, ou anulam os votos, ou ainda votam sem saber em quem – ou no que!! – estão votando. E pior, talvez, sejam os que sabem e votam mesmo assim, como o caso deste idota que vos rabisca, que sabendo a merda que fazia, por também saber a merda alternativa, votou, no 2º turno de 2018, em Jair Bolsonaro.

Bem, segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta terça-feira (13/9), ínfimos 6%, ou seja, cerca de 10 milhões de brasucas aptos a votar rejeitam, simultaneamente, os dois principais candidatos à Presidência da República. Isoladamente, o chefão petista conta com a rejeição de 39% do eleitorado, enquanto o patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias – compradas em dinheiro vivo – lidera com 51%.

O alento, no meu caso, é que, somados, 90% dos meus compatriotas concordam comigo, e Lula e Bolsonaro são execrados por eles. O diabo é que, ainda assim, 90% admitem gostar ou de um ou de outro, argh!! Ou seja, tudo mais constante, um deles será o presidente, a partir de janeiro de 2023, e eu ficarei ruminando minha bílis na cama, que é lugar quente, para a alegria de lulistas e/ou bolsonaristas que me detestam.

Contudo, conclamo meus coirmãos da derrota eleitoral que se avizinha: até 2 de outubro, quiçá 30 de outubro, berrem (aos quatro cantos) contra o líder do mensalão e contra o devoto da cloroquina. Mantenham-se firmes em suas convicções irrefutáveis, não votando em ladrões, sociopatas, autocratas, populistas, cretinos. Lula e Bolsonaro não têm nada de novo a nos oferecer, e o que já ofereceram, como sabido, não presta.

Somos como cabeça de bacalhau, é verdade, mas somos “limpinhos”. Não vagamos em manadas, não somos “Maria vai com as outras” – no meu caso, repito, já fui. E enquanto houver voto nulo, voto em branco ou mesmo churrasco com cerveja (uma ótima desculpa para nem sequer sair de casa), ser oposição a estes dois espécimes do atraso e da corrupção é a melhor solução. E lembrem-se: não votar é ter lado! Não é se isentar. É não ser cúmplice outra vez.