ROMA, 3 MAR (ANSA) – Representantes da indústria farmacêutica da Itália se reuniram nesta quarta-feira (3) com o governo de Mario Draghi para discutir a possibilidade de produzir vacinas anti-Covid no território nacional.   

Com sua campanha de vacinação atrasada devido a problemas na logística das empresas com contrato para fornecimento na União Europeia, a Itália tenta reunir laboratórios nacionais disponíveis a direcionar sua produção para imunizantes contra o novo coronavírus.   

Durante a reunião, algumas companhias farmacêuticas se ofereceram para fabricar o princípio ativo e outros componentes das vacinas e disseram que já têm os equipamentos necessários.   

Segundo essas empresas, a produção poderia começar em quatro a seis meses, após a conclusão dos procedimentos de aprovação das autoridades de vigilância sanitária.   

Além disso, segundo o Ministério do Desenvolvimento Econômico, que conduz as negociações, os laboratórios também afirmaram que podem iniciar imediatamente o envase dos imunizantes, desde que tenham acesso ao princípio ativo.   

Essas empresas cogitam participar de um projeto da União Europeia que facilitará o licenciamento para produção por outros laboratórios de vacinas já aprovadas no bloco, de modo a aumentar a capacidade de fornecimento da indústria.   

O governo italiano, no entanto, não divulgou os nomes dos grupos dispostos a fabricar vacinas anti-Covid no país.   

Até o momento, estão em circulação na UE os imunizantes da AstraZeneca, Pfizer e Moderna, mas as três empresas apresentam problemas na produção e no cumprimento do cronograma de entregas.   

Em pouco mais de dois meses de campanha de vacinação contra a Covid-19, a Itália já aplicou 4,6 milhões de doses, sendo que 1,47 milhão de pessoas já receberam as duas necessárias, o equivalente a pouco mais de 2% da população nacional. (ANSA).