Nego do Borel estreia novo projeto e aposta no pagode para volta aos palcos

Em ‘Batuque do Nego’, artista relembra fase difícil e apresenta série de shows como uma uma virada de chave

Divulgação.
Nego do Borel. Foto: Divulgação.

O cantor e compositor Nego do Borel está de volta aos palcos, e em sua melhor fase. Após um período longe dos holofotes, o artista retorna com o projeto “Batuque do Nego”, uma label que promete resgatar a alegria das rodas de pagode e apresentar ao público um novo momento da carreira do artista, conhecido por sua versatilidade musical e carisma. A primeira edição acontece no dia 18 de outubro, no Vista Joa, no Rio de Janeiro, e marca um recomeço cheio de significado.

Com um formato intimista e participações especiais de nomes como Molejo e muito mais, Nego celebra o pagode e o samba sem abrir mão de suas raízes no funk — gênero que o revelou e ao qual ele continua profundamente ligado.

+Pedro Mussum, neto do humorista, brilha no ‘The Voice Brasil’
+Victoria Saavedra lança em SP festa inspirada em Shakira e na música latina

“Sempre gostei e toda vez que posso escuto pagode. Admiro e respeito muito os cantores do gênero, sou fã do Ferrugem, do Péricles e de muitos outros. Nunca achei que fosse possível eu também cantar pagode, eu que vim do funk de favela, mas vendo a Ludmilla que canta muito, vi uma possibilidade de cantar também. Conversei com minha equipe, minha família e alguns amigos, e todos gostaram da ideia, então decidi botar pra frente”, conta o cantor.

Com o “Batuque do Nego”, o artista mostra maturidade e leveza ao se reinventar. “Eu vim do funk e amo o funk. Desde que nasci canto e cresci cantando funk. Costumo dizer que o pagode é irmão do funk. São dois gêneros muito fortes nas favelas, então me fazem lembrar de muitas coisas que vivi. Nunca pensei que iria cantar pagode um dia, mas estou me preparando muito para encarar este desafio. O funk nunca vai sair de mim — ele é minha origem, minha verdade.”

Nego destaca que o novo projeto representa mais do que uma mudança musical: é uma virada de chave pessoal e artística. “Acho que esse evento simboliza um novo começo na minha vida. É a minha volta aos palcos, um momento de recomeço mesmo. Eu estava muito focado em outras áreas, como o boxe e projetos pessoais, e muita gente achava que eu nem cantava mais. Passei por fases difíceis, mas agora estou feliz, confiante e animado. Se tudo acontecer como estamos planejando, é gol!”, explica o funkeiro, que também celebra o intercâmbio entre os gêneros. “Acho que valoriza o pagode quando artistas de outros estilos se aproximam. É bom para o gênero e bom para a música brasileira. Assim como o pagode me inspira, o funk também segue firme comigo. São dois estilos que nasceram na favela e têm o mesmo DNA: o da resistência, da alegria e do povo.”

O “Batuque do Nego” chega com a promessa de muita energia, convidados surpresas e um repertório eclético, misturando o melhor do pagode com sucessos de outros estilos, sempre com a irreverência e a musicalidade que marcaram a trajetória do artista. “Estou muito focado, entregue e comprometido com esse projeto. É a primeira edição de muitas que virão. Espero que seja inesquecível, que a gente possa rodar o Brasil e o mundo levando essa energia boa. Já deu certo, e a gente tem fé.”, conclui Nego do Borel.

Com novos empresários, um olhar mais maduro e a mesma essência de sempre, Nego abre um novo capítulo em sua história — uma fase de reconstrução, autenticidade e celebração da música brasileira, provando que é possível se reinventar sem deixar para trás quem se é.