O Twitter tirou do ar uma série de postagens realizadas pelo pastor Silas Malafaia, nas quais o escudeiro de Bolsonaro engrossava a campanha negacionista do capitão contra a vacinação. Em uma das publicações, Malafaia chamou a imunização de crianças contra a Covid-19 de “infanticídio”.

A desinformação mata e o governo parece ainda não ter aprendido nada, depois de pagar um preço caro por esse erro, com mais de 620 mil vidas durante a pandemia. Mas nada disso tem importância para pessoas como Bolsonaro, que depende de gente como Malafaia para difundir suas mentiras para se manter no poder.

O resultado disso tudo não são apenas as timelines das redes sociais repletas de informações absurdas em relação à doença, ou às vacinas. Impacta o tempo que o Brasil será obrigado a conviver com os receios de uma nova onda de contaminação.

Desacreditar os imunizantes a essa altura do campeonato é uma insanidade. É mais uma ação patrocinada por um presidente irresponsável. Sem eles, muito provavelmente os efeitos da ômicron no Brasil seriam infinitamente mais devastadores. Em vez de remar junto com a ciência e fazer com que o País finalmente saia da lama em que se meteu, o capitão prefere fazer um jogo rasteiro e perverso, inflamando sua base radical de seguidores e trocando alfinetadas com órgãos técnicos.

Passou da hora para que autoridades como Bolsonaro e Malafaia recebam punições mais severas por incentivarem o caos. Não se trata de meras opiniões compartilhadas com amigos, mas de mentiras que, juntas, podem levar o País a mais um desastre. Vacinas não matam. Já ações como essas endossadas pelo mandatário, sim. Os números falam por si só.