Índice de inadimplência total do Itaú fica em 3% no 1º trimestre

O Itaú Unibanco registrou um índice de inadimplência total acima de 90 dias de 3,0% no primeiro trimestre deste ano, ante 2,9% do quarto trimestre do ano passado e um pouco abaixo do registrado no mesmo período de 2018, de 3,1%.

“O indicador total apresentou crescimento de 0,1 p.p. no trimestre. Tivemos aumento da inadimplência de grandes empresas no Brasil, principalmente devido à rolagem de clientes específicos que estavam em atraso entre 15 e 90 dias no trimestre anterior. Essas operações já estavam 100% provisionadas”, afirmou o banco no relatório gerencial que acompanha o balanço do primeiro trimestre. “Destaque para a contínua melhora do indicador da carteira de micro, pequenas e médias empresas no Brasil, que reduziu 0,3 p.p. e atingiu o menor nível desde a fusão entre Itaú e Unibanco”, completou o banco, em relação à inadimplência acima de 90 dias.

Apenas no Brasil, o índice de inadimplência acima de 90 dias somou 3,7% entre janeiro e março, patamar semelhante ao do mesmo intervalo de 2018, entretanto acima do apurado no quarto trimestre do ano passado, de 3,5%. Na América Latina, o índice foi de 1,4% no primeiro trimestre, mesmo porcentual do quarto trimestre do ano passado, mas inferior ao do mesmo período do ano passado, de 1,6%.

A inadimplência entre 15 e 90 dias registrou um índice de 2,5% no primeiro trimestre, informou o banco. Esse número representou uma alta de 0,2 p.p. ante o quarto trimestre do ano passado, mas um recuo de 0,2 p.p. ante o primeiro trimestre do ano passado. “O aumento de 0,2 p.p. no índice total está relacionado ao aumento sazonal da inadimplência da carteira de pessoas físicas no Brasil. Esse aumento foi parcialmente compensado pela redução no indicador do segmento de grandes empresas no Brasil em função da rolagem de clientes específicos para faixas de atraso mais longas”, explicou o banco.

PDD

A despesa com Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD) somou R$ 4,206 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 11,4% ante o quarto trimestre do ano passado e de 2,3% frente ao primeiro trimestre de 2018. Já o resultado de créditos de liquidação duvidosa ficou negativo em R$ 3,466 bilhões, uma alta de 22,3% ante o quarto trimestre do ano passado e uma alta de 4,5% na comparação anual. O custo do crédito ficou em gastos de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre, representando uma alta de 11,4% ante o quarto trimestre do ano passado e um avanço de 0,4% sobre o mesmo período de 2018.

“O aumento de 11,4% no custo do crédito no trimestre é relacionado com a despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa no Banco de Varejo no Brasil. Este aumento ocorreu devido ao mix de originação de crédito de pessoas físicas e à sazonalidade típica do primeiro trimestre. Além disso, tivemos redução da recuperação de créditos baixados como prejuízo no Banco de Atacado no Brasil”, afirmou o Itaú. “Em relação ao primeiro trimestre de 2018, o aumento de 0,4% no custo do crédito ocorreu em função da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa no Banco de Varejo no Brasil, compensado parcialmente pela redução dessa despesa e do impairment de títulos privados do Banco de Atacado no Brasil.”