Após sete meses de investigação, uma comissão especial da NBA confirmou nesta quarta-feira que antigos e atuais empregados do Dallas Mavericks foram abusados sexualmente, segundo revelou a revista Sports Illustrated em fevereiro.

“A investigação identificou informação que confirma muitos casos de abuso sexual e outros comportamentos inapropriados dentro da administração dos Mavericks, durante período de mais de 20 anos”, disse a NBA em sua declaração.

A investigação, que contou com entrevista a 215 ex e atuais empregados e análise de 1,6 milhões de documentos, destacou os comentários e ações inapropriadas do CEO da equipe, Terdema Ussery, do gerente de ingressos, Chris Hyde, e do jornalista dos Mavericks, Earl Sneed. Todos foram demitidos após as primeiras revelações.

O relatório denuncia “uma operação administrativa ineficiente, sem controle interno”, mas exonera o dono do clube, o milionário Mark Cuban. “Não há evidência de que o senhor Cuban sabia da conduta de Ussery”, diz o informe.

Mark Cuban prometeu 10 milhões de dólares a associações e organizações que ajudam vítimas de violência conjugal e promovem o papel da mulher no esporte.

Desde o início do escândalo, o proprietário dos Mavericks modificou a estrutura administrativa da equipe e designou mulheres para cargos importantes. Cynthia Marshall se tornou CEO da franquia texana.

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A NBA fez uma série de recomendações ao Dallas Mavericks, que terá que produzir um relatório trimestral sobre a implementação destas recomendações, além de promover a capacitação de empregados sobre os problemas de abuso sexual.

“Os achados desta investigação independente são inquietantes. Nenhum empregado da NBA, e mais amplamente da sociedade, deveria trabalhar em um clima assim”, disse o comissionário da NBA, Adam Silver.

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