Um drone atacou neste sábado (23) um navio mercante no Oceano Índico e causou danos materiais, porém sem deixar feridos, indicaram duas agências marítimas. Uma delas revelou que o navio estava vinculado a interesses israelenses.

O ataque, que até agora não foi reivindicado por nenhum grupo, provocou um incêndio a bordo, rapidamente controlado, segundo a agência de segurança marítima do Exército britânico, UKMTO.

Ambrey, uma empresa de segurança marítima, disse que o navio, com bandeira da Libéria e carregado de produtos químicos, estava relacionado a interesses israelenses.

O navio “fez escala na Arábia Saudita e seguia para a Índia”, acrescentou Ambrey.

As duas agências disseram que o ataque ocorreu 200 milhas náuticas ao sudoeste do porto indiano de Veraval.

Nas últimas semanas, diversos ataques de drones e mísseis contra embarcações foram registrados no Mar Vermelho, perpetrados pelos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã.

Os huthis afirmam que atuam em solidariedade aos palestinos de Gaza e insistem que seguirão com os ataques enquanto a entrada de alimentos e medicamentos não for suficiente no território, cercado por Israel após o início da guerra contra o movimento islamista Hamas em 7 de outubro.

Os Estados Unidos também acusaram o Irã de realizar ataques perto de suas águas territoriais.

No mês passado, um cargueiro de propriedade israelense ficou danificado em um ataque com drones, supostamente realizado pela Guarda Revolucionária Iraniana no Oceano Índico, de acordo com uma autoridade americana.

Uma fonte da Guarda Revolucionária alertou neste sábado que incidentes acontecerão em outras águas territoriais, caso Israel não interrompa os ataques contra o Hamas.

“Se estes crimes prosseguirem, Estados Unidos e seus aliados verão nascer novos poderes de resistência e o bloqueio de outras vias navegáveis”, afirmou Mohammad Reza Naqdi, citado pela agência de notícias iraniana Tasnim.

“Em breve, verão o bloqueio do mar Mediterrâneo, de Gibraltar e de outras vias navegáveis”, disse.

Os ataques nas rotas marítimas desde 7 de outubro levaram grandes empresas de transportes a redirecionar seus navios para o extremo sul da África.

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