Um cargueiro com bandeira de Barbados e pertencente a uma companhia americana foi atacado na costa do Iêmen, indicou a empresa britânica de segurança marítima Ambrey nesta quarta-feira (6).

A embarcação “foi alvo de um bombardeio e sofreu danos”, afirmou a empresa, que, em um primeiro momento, informou uma explosão ocorrida perto do cargueiro, que estava a 57 milhas náuticas (105 km) a sudoeste da cidade iemenita de Áden.

Segundo Ambrey, “estão sendo realizadas operações de resgate” e “uma parte da tripulação já está nos botes salva-vidas”.

A agência de segurança marítima UKMTO, dirigida pela Marinha britânica, também informou sobre um navio “atingido” na região por um ataque, e sobre uma intervenção das “forças da coalizão”.

Os rebeldes huthis, aliados ao Irã, atacam desde novembro barcos comerciais que navegam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden, e que consideram estar vinculados a Israel. De acordo com os insurgentes, eles agem em solidariedade com os palestinos da Faixa de Gaza, palco de um conflito entre o Exército israelense e o movimento islamista Hamas.

Em consequência dos ataques dos huthis, os Estados Unidos empreenderam uma força multinacional de proteção marítima e realizou, muitas vezes com a ajuda do Reino Unido, bombardeios contra posições dos rebeldes no Iêmen. Por isso, os insurgentes também atacam barcos americanos e britânicos.

Um pouco antes, a UKMTO informou que um navio comercial foi contactado por “uma entidade que se apresentava como a marinha iemenita, que lhe ordenou modificar o percurso”.

De acordo com a Ambrey, trata-se do cargueiro americano.

Na terça-feira, o Exército americano afirmou que havia derrubado um míssil e três drones que miravam um destroyer de sua Marinha no Mar Vermelho.

No dia anterior, os huthis atacaram um porta-contêineres da ítalo-suíça MSC, afirmando que se tratava de um “navio israelense”

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