Navio com 43 migrantes deixa Albânia para retornar à Itália

SHENGJIN, 1 FEV (ANSA) – Um navio da Guarda Costeira italiana com 43 migrantes a bordo deixou neste sábado (1º) o porto de Shengjin, na Albânia, para retornar à Itália, após a Corte de Apelação de Roma suspender as detenções dos requerentes de asilo levados para um centro de repatriação na cidade albanesa de Gjader, Os bengaleses e egípcios que estavam no país balcânico desde a última terça-feira (28) voltarão ao território italiano e devem ser encaminhados até Bari, na região da Puglia, por volta das 20h30 (horário local).   

Os migrantes fazem parte do terceiro grupo de requerentes de asilo cuja detenção em centros de repatriação administrados pela Itália na Albânia não foi validada pelos tribunais do “Belpaese”.   

Além de determinar a saída dos migrantes do centro de acolhimento albanês, os juízes enviaram o caso ao Tribunal de Justiça da União Europeia.   

Apesar da decisão, o governo italiano disse que “seguirá adiante, acreditando que combater a imigração irregular que se aproveita do uso instrumental dos pedidos de asilo é o caminho a seguir para combater o negócio dos traficantes inescrupulosos”, segundo fontes do Ministério do Interior.   

De acordo com os relatos, o Protocolo Itália-Albânia “é o modelo a partir do qual se deve partir para a criação de verdadeiros polos regionais nos quais houve total convergência por parte dos ministros europeus”.   

As fontes do governo destacaram ainda que em um Conselho de Assuntos Internos realizado em Varsóvia, na Polônia, nesta semana, a posição do ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, foi “amplamente compartilhada pelos colegas presentes”.   

“Os parceiros europeus, em total acordo com a Comissão, estão pensando em fortalecer a UE com regras que apoiam os procedimentos de fronteira e também se aplicam na Albânia, não só antecipando a entrada em vigor das medidas do pacto, mas também através de soluções inovadoras”, concluíram.   

A construção de estruturas na Albânia faz parte da estratégia do governo Meloni para desestimular fluxos migratórios no Mediterrâneo Central. (ANSA).