Uma nave espacial chinesa “se acoplou com sucesso” à estação espacial Tiangong, nesta sexta-feira (noite de quinta, 25, no Brasil), reportou a imprensa estatal, no âmbito de um programa que pretende enviar astronautas à Lua até 2030.

A missão espacial chinesa Shenzhou-18, com três tripulantes, foi lançada nesta quinta a bordo de um foguete Long March 2F, que decolou do centro de lançamento de Jiuquan, no noroeste da China, às 20h59 locais (09h59 de Brasília).

A missão é liderada por Ye Guangfu, um piloto de caça que foi tripulante da missão Shenzhou-13 em 2021. Ele é acompanhado por Li Cong e Li Guangsu, que viajam ao espaço pela primeira vez.

Eles permanecerão na estação espacial Tiangong por seis meses, onde realizarão experimentos “no campo da física básica em microgravidade, ciência de materiais espaciais, ciência de vida espacial, medicina espacial e tecnologia espacial”, indicou a Agência Espacial da China.

A nova tripulação substituirá a equipe da missão Shenzhou-17, que viajou ao espaço em outubro.

O governo do presidente Xi Jinping impulsionou os projetos espaciais da China, injetando bilhões de dólares em seu programa liderado pelo Exército chinês com o objetivo de alcançar a Rússia e os Estados Unidos.

Pequim pretende enviar uma missão tripulada à Lua até 2030 e construir uma base na superfície do satélite natural da Terra.

A China foi banida da Estação Espacial Internacional em 2011, quando os Estados Unidos proibiram a Nasa de trabalhar com o país, forçando Pequim a desenvolver sua própria estação espacial.

A tripulação desta última missão tentará montar um aquário a bordo da estação e criar peixes em ambiente de microgravidade, segundo a agência Nova China.

Tiangong é o projeto emblemático do programa espacial chinês, que enviou robôs de exploração a Marte e para a Lua, além de tornar a China o terceiro país a colocar seres humanos na órbita terrestre.

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