21/09/2016 - 11:33
Ao menos 42 pessoas morreram nesta quarta-feira no naufrágio de um barco que transportava migrantes procedente da costa do Egito, informaram duas autoridades do ministério da Saúde.
O barco afundou a aproximadamente 12 km da costa, na altura do porto de Rosetta, informaram fontes policiais e funcionários de saúde.
Entre as vítimas havia um menino, 10 mulheres e 31 homens, explicou o responsável municipal de Rosetta à AFP.
Outro responsável, Adel Jalifa, disse que entre os mortos há egípcios, sudaneses e “africanos de outras nacionalidades que não podemos determinar”.
As operações de resgate prosseguiam para tentar encontrar outros eventuais passageiros desta embarcação de migrantes, que naufragou perto de Rosetta, no norte do Egito, indicaram autoridades da polícia à AFP.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), mais de 300.000 migrantes cruzaram o Mediterrâneo em 2016 para chegar à Europa, principalmente à Itália.
Mais de 10.000 migrantes perderam a vida no Mediterrâneo em sua viagem para a Europa desde 2014, dos quais mais de 2.800 morreram em 2016, disse o ACNUR no início de junho.
A agência europeia de controle de fronteiras, Frontex, manifestou em junho sua preocupação pelo número crescente de migrantes que tentavam chegar à Europa realizando uma travessia “muito perigosa” a partir do Egito.
“O Egito está começando a se converter em um país de saída”, disse o chefe da Frontex, Fabric Leggeri, em uma entrevista com o grupo de comunicação Funke, que reúne vários jornais regionais alemães, em junho.
“O número de trajetos cobertos por barcos do Egito à Itália alcançou 1.000 (ao menos) neste ano”, afirmou.
Após o fechamento da rota dos Bálcãs, muito utilizada pelos migrantes em direção aos países do norte da Europa, e o acordo entre a UE e a Turquia para frear as chegadas, os migrantes buscam alternativas para alcançar o Velho Continente.
A Líbia, vizinha do Egito, com 1.770 quilômetros de costa, se converteu em um centro de operações para a migração clandestina na falta de um controle rígido de fronteiras.