ILHA DE GIGLIO, 13 JAN (ANSA) – O naufrágio do navio de cruzeiros Costa Concordia, na ilha de Giglio, na Itália, completa sete anos neste domingo (13), enquanto a região busca por um “recomeço” após a tragédia.   

Às 21h45 de 13 de janeiro de 2012, a embarcação bateu em uma rocha e tombou nas águas da ilha italiana. O navio levava 3.216 passageiros e 1.013 membros da tripulação.   

O acidente foi provocado por uma manobra errada do comandante Francesco Schettino e deixou 32 mortos e 157 feridos.   

“Sete anos após o naufrágio, Giglio segue um modelo para recomeçar. Poder tirar da nossa experiência um ensinamento positivo, também aplicável em outros contextos. E, claro, sem esquecer os 32 mortos no naufrágio e o sofrimento dos outros passageiros, a população e o meio ambiente”, disse o prefeito da ilha, Sergio Ortelli.   

Seguindo a tradição de todo 13 de janeiro, na noite de hoje haverá a celebração de uma procissão no cais da ilha e uma missa na Igreja dos Santos Lorenzo e Mamiliano em homenagem às vítimas.   

Espera-se que o chefe do Departamento Nacional de Proteção Civil, Angelo Borrelli, o governador da região da Toscana, Enrico Rossi, e o presidente do Conselho Regional, Eugenio Giani, participem das iniciativas.   

Chamado de “capitão covarde” por ter sido um dos primeiros a abandonar o navio, Schettino foi condenado em uma última a 16 anos de prisão, pena que cumpre no centro de detenção de Rebibbia, em Roma. Do navio, também não resta mais nada. Depois de uma operação inédita no mundo, a qual durou três anos, especialistas conseguiram desencalhar o cruzeiro e levá-lo a um estaleiro em Gênova para ser desmontado.   

Os moradores da ilha de Giglio, no entanto, permanecem à espera de uma indenização ambiental e por prejuízos com o acidente.   

Enquanto espera o final desta história, o prefeito da ilha acredita que a “experiência da tragédia deveria ser disponibilizada para outras tragédias, para outros eventos adversos que afetam outros territórios”.   

Ortelli enfatiza, principalmente, a capacidade de “resgatar o país, resolver uma história que certamente não era simples, com um dano global à imagem que recuperamos graças a todas as medidas implementadas, da segurança ambiental ao desmantelamento do navio”. Segundo ele, tudo só foi possível “graças a um relacionamento entre o setor público e o privado que tem sido modelo e deve ser replicado”.   

(ANSA)