Naufrágio deixa 68 migrantes mortos e vários desaparecidos no Iêmen

Ao menos 68 migrantes morreram e dezenas eram considerados desaparecidos após o naufrágio de uma embarcação no Iêmen, informou nesta segunda-feira (4) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

“Sessenta e oito pessoas a bordo do barco morreram, mas apenas 12 dos 157 passageiros foram resgatados. O paradeiro dos restantes é desconhecido”, declarou à AFP o diretor da missão da OIM no Iêmen, Abdusattor Esoev.

Um balanço anterior, divulgado no domingo, era de 27 mortos.

“O barco seguia em direção à costa de Abyan”, disse uma fonte policial da província à AFP.

“As forças de segurança fazem uma grande operação para resgatar os corpos de um grande número de migrantes de nacionalidade etíope que morreram afogados na costa da província de Abyan quando tentavam entrar ilegalmente no território iemenita”, afirmou a Secretaria de Segurança do governo provincial em comunicado.

“Muitos corpos foram encontrados espalhados pelas praias, o que sugere que várias vítimas estão desaparecidas”, acrescenta a nota.

Apesar do conflito que devasta o Iêmen desde 2014, a migração irregular para o país não cessou, principalmente de pessoas procedentes da Etiópia.

Os migrantes atravessam o estreito de Bab Al-Mandab que separa o Djibuti do Iêmen, uma rota importante para o comércio internacional, mas também para as migrações e o tráfico de seres humanos.

As monarquias petrolíferas do Golfo, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, abrigam uma importante mão de obra estrangeira procedente do subcontinente indiano e da África.

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