ROMA, 19 AGO (ANSA) – O naufrágio do superiate Bayesian, cujo naufrágio deixou sete mortos no sul da Itália, completou um ano nesta terça-feira (19), enquanto as autoridades do país ainda trabalham para tentar responsabilizar os culpados pela tragédia.
A embarcação foi atingida por um tornado enquanto estava estacionada na costa de Palermo, na Sicília, em 19 de agosto de 2024.
Entre as vítimas estão os milionários britânicos Mike Lynch, empresário do ramo de tecnologia, e Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International.
Lynch havia levado amigos e familiares para o Bayesian para celebrar o fim de um processo legal de 12 anos decorrente da venda bilionária de sua empresa de tecnologia para a HP.
Os outros mortos no naufrágio são a filha de Lynch, Hannah; Ricardo Thomas, cozinheiro do superiate; a esposa de Jonathan Bloomer, Judy Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
O Ministério Público da Itália investiga três indivíduos pela tragédia: o comandante neozelandês James Cutfield, o oficial de máquinas Tim Parker Eaton e o marinheiro de plantão Matthew Griffith. Todos são suspeitos de homicídio múltiplo culposo e naufrágio culposo, ou seja, quando não há intenção de cometer o crime.
O fato de cinco corpos terem sido achados nas cabines de alojamento indica que as pessoas a bordo não esperavam uma tempestade, uma vez que o protocolo determina que, nessas situações, os passageiros não devem ficar nos quartos.
Além disso, uma das hipóteses é de que o veleiro estava com as portas do casco abertas no momento do incidente, o que pode ter contribuído para a água invadir a embarcação.
Também há uma segunda investigação a respeito do caso, esta sobre a morte de um mergulhador holandês, Rob Cornelis Huijben, durante as operações para recuperar o veleiro, em 9 de maio de 2025.
Há cerca de dois meses, o Bayesian foi retirado do fundo do mar e levado para um porto na Sicília. (ANSA).