A ativista internacional dos Direitos Humanos Maha Mamo será convidada de honra da ZMH Zentrum fur Migrationshilfe, ONG voltada para o combate à violência doméstica. A ativista conquistou a cidadania brasileira após ser considerada apátrida devido por 30 anos. O evento acontece em Zurique, cidade na Suíça, no dia 8 de setembro e visa conscientizar o mundo sobre violência doméstica e estratégias eficazes de prevenção a esse tipo de crime.

Hoje, Maha é reconhecida por toda a comunidade internacional pelo seu trabalho para acabar com a apatridia no mundo e com respaldo do Alto Comissariado da ONU e também é símbolo da campanha ‘I Belong’. Nascida em Beirute, no Líbano, a ativista não pôde ser registrada como libanesa porque o país, como a maioria das nações, concede a nacionalidade pelo sangue, e não pelo território onde se nasce. E também não pode ser registrada na Síria, pois as leis do país não permitem casamentos inter-religiosos como o dos pais de Maha.

Assim, Maha e seus irmãos ficaram sem documentos, sem direito a nada. “Nós não existíamos”, resume, sem esconder a emoção. Em 2018, após anos de luta pelos direitos básicos garantidos pela cidadania, Maha foi considerada apátrida e em seguida recebeu a cidadania brasileira. Ela conquistou uma carteira de identidade e o direito de ir e vir, viajou para muitos países, tornou-se porta-voz pelo fim da apatridia, lançou um livro autobiográfico, abriu uma empresa, e comprou uma casa com a esposa, Bela.