Natural da Paraíba e cozinheira: conheça a vítima do desabamento em restaurante de SP

Suênia Maria Tomé Bezerra, de 51 anos, morreu após o desabamento do mezanino do restaurante Jamile, no centro de São Paulo. As autoridades investigam as causas do acidente

Suênia Tomé, vítima do desabamento em restaurante de SP
Suênia Tomé, vítima do desabamento em restaurante de SP Foto: Arquivo pessoal

A cozinheira Suênia Maria Tomé Bezerra, de 51 anos, foi identificada como a vítima fatal do desabamento do mezanino do restaurante Jamile, localizado no bairro do Bixiga, região central de São Paulo. O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira, 8.

Natural de Monteiro (PB), Suênia era bastante querida por amigos e colegas, que publicaram mensagens de despedida nas redes sociais. “É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento de Suênia. Que Deus conforte nossos corações diante dessa perda irreparável. Seu sorriso permanecerá vivo em nossas memórias”, dizia uma das homenagens.

Durante o desabamento, a cozinheira ficou presa sob os escombros. Ela chegou a receber atendimento médico no próprio local, mas não resistiu aos ferimentos. Outras cinco pessoas ficaram feridas e foram socorridas em seguida. O Corpo de Bombeiros informou que o resgate foi complexo devido à grande quantidade de entulho.

Suenia Maria Tomé Bezerra faleceu após ficar sob escombros no desabamento do restaurante Jamile, localizado no Bixiga - MetrópolesSuênia Tomé, vítima do desabamento em restaurante de SP (Foto: arquivo pessoal)

Autoridades investigam causas do acidente

Equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeitura de São Paulo e Polícia Civil trabalham para identificar as causas do colapso da estrutura. No momento do acidente, o restaurante estava fechado ao público.

O Jamile, situado na Rua Treze de Maio, é conhecido por ter o cardápio assinado pelo chef Henrique Fogaça, jurado do programa MasterChef. O imóvel possui três andares, e o mezanino — que ligava o térreo ao primeiro piso — cedeu por volta das 12h30, minutos antes do início do expediente.

Inicialmente, chegou-se a suspeitar de uma explosão de gás, hipótese logo descartada pelos bombeiros, já que nenhum funcionário relatou ter ouvido ou sentido qualquer explosão. A concessionária Comgás também negou qualquer vazamento, afirmando que suas equipes foram ao local apenas por precaução e que “até o momento, não há indícios de relação entre o incidente e o fornecimento de gás”.

Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.

Licenças e interdição

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o restaurante possuía licença de funcionamento emitida em 2022, além de alvará sanitário válido e Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) dentro do prazo.

A Defesa Civil interditou o imóvel por risco de novos desabamentos, mas informou que as edificações vizinhas não foram comprometidas. A perícia técnica será responsável por determinar as causas exatas do colapso.

Operação de resgate

O atendimento à ocorrência mobilizou dez viaturas e cerca de 40 bombeiros. A operação, iniciada pouco após o meio-dia, foi encerrada às 15h50, quase cinco horas depois. Segundo os agentes, o trabalho foi dificultado pela instabilidade da estrutura e pelo grande volume de detritos.

Posicionamento do restaurante

Em comunicado nas redes sociais, o Jamile expressou solidariedade às vítimas e afirmou colaborar integralmente com as autoridades.

“Manifestamos nosso respeito e profundo pesar por nossos colaboradores e seus familiares. Estamos oferecendo todo o suporte necessário neste momento e seguimos à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos. A família Jamile se une em força e gratidão a todos que têm demonstrado apoio e compreensão”, declarou o restaurante.