Nathália Dill vive a vilã Fabiana em ‘A Dona do Pedaço’. Em conversa com a coluna, a atriz afirma que os personagens malvados tendem a mexer com o público. Ariana, Nathalia nega ter extinto barraqueiro, mas admite que não é exatamente calma e, de vez em quando, distribui patadas. Gente como a gente. “Ninguém é bonzinho o tempo todo. Teve uma vez que estava com uma amigas e elas acharam que eu estava dando umas respostas atravessadas, mas eu nem tinha percebido. Aí elas brincaram que eu ainda estava na personagem (risos)”.
Dá pra defender a Fabiana? Você perdoaria as armações dela?
O que dá para defender é o comprometimento dela em se dar bem (risos). Mas não tem como perdoar o que ela faz (risos). Fabiana não tem limite e nem escrúpulos quando se trata de ter o que deseja. Ela é muito comprometida com ela, com o que quer. Então, não liga em trair a confiança das pessoas, por exemplo. Ou em fazer joguinhos. Eu não conseguiria conviver com alguém assim. Porque acho que uma vez que a confiança se perde, é complicado para reconstruir. Imagine, então, com uma pessoa que vive pisando na bola como ela.
Mais uma vilã na carreira. Tem gostado de se especializar neste tipo de personagem?
Eu adoro as personagens, sejam vilãs ou mocinhas. E, na minha carreira, acho que eu estou mesclando bem os dois tipos (risos). Minha personagem antes de Fabiana foi Elisabeta, de ‘Orgulho e Paixão’, que era uma mocinha à frente do seu tempo, muito forte.
Ninguém é bonzinho o tempo todo. O que de vilã tem em você? Já fez alguma coisa que pode ser atribuído à vilania?
Ninguém é bonzinho o tempo todo mesmo. Acho que por isso as vilãs acabam sendo personagens que mexem tanto com o público. Todo mundo tem um lado bom e outro nem tanto… (risos). Com as vilãs, o que acontece é que justamente essas características da maldade são carregadas. E acredito que isso faz o público se confrontar com seu lado mais obscuro. Acho que às vezes posso ser mais ríspida do que gostaria (risos). Teve uma vez que estava com uma amigas e elas acharam que eu estava dando umas respostas atravessadas, mas eu nem tinha percebido. Aí elas brincaram que eu ainda estava na personagem (risos).
Apesar de ariana, a gente sempre te vê calma e avessa às brigas. Isso é verdade? Já fez barraco?
Não, não sou de fazer barraco. Sou uma pessoa realmente avessa a briga. Agora ser calma, nem tanto (risos). Isso eu tenho de ariana, sou um pouco impaciente. Já melhorei muito, mas ainda sou um pouco assim.
O que mais de ariana você tem?
Acho que essa impaciência, que ainda tenho. Ser direta e, às vezes, isso ser interpretado como rispidez.
O que te tira de sério?
Falta de educação e de respeito. Porque o mínimo que qualquer pessoa deveria fazer é tratar o outro com cordialidade, respeito. Isso para mim é regra básica. Não aguento quando vejo alguém sendo rude ou destratando outra pessoa de propósito e depois nem pedir desculpa por isso. Nada justifica agir desta maneira.
Tem acompanhado a reprise de ‘Malhação’ 2008 no Viva? O que tem achado de sua performance?
Não consigo acompanhar muito por causa das gravações da novela. O que vejo me dá muita nostalgia. Foi uma época muito boa. E se ver é sempre complicado (risos). A gente sempre acha que poderia ter feito diferente, ter dado mais ênfase em algo e menos em outra. É natural. Até porque a gente vai evoluindo no trabalho também. Mas tento fazer com que isso seja uma observação, não que seja algo para me travar. Gente, e trabalhar com o Caio era muito divertido. Minha parceria com o Caio Castro em ‘Malhação’ foi ótima, era muito fácil contracenar com ele. E continua sendo. Este é mais um presente de ‘A Dona do Pedaço’ me deu, esse reencontro com o Caio. Acredita que é a primeira vez que trabalhamos juntos desde a nossa estreia? Está sendo um reencontro muito legal. E acho que o público também está gostando de ver a gente junto em cena de novo.
Houve algum constrangimento com as cenas mais quentes com Caio Castro, como as de striptease?
Cenas assim são sempre mais delicadas de serem gravadas. Mas eu confio muito no Caio e na equipe que estava ali com a gente. É um trabalho cuidadoso, sempre feito pensando em nos deixar o mais confortável possível.
Você já fez ou faria striptease para alguém?
Depende da situação (risos)…
A gente sempre te viu magra. Sempre foi assim? Já teve algum problema com peso ou transtorno alimentar?
Sim, sempre foi assim. Hoje em dia, por exemplo, eu busco uma alimentação cada vez mais saudável. Mas não privo de comer. O que estou aprendendo é a ter uma alimentação mais balanceada.
Você faz ou fez algum tipo de dieta? Como foi?
Eu me consulto com a nutricionista Gabriela Ghedini, que me ajuda muito a ter uma alimentação mais balanceada, mais saudável. Eu estou querendo mais tônus muscular, então, ela pensa um cardápio mais específico para isso. Mudar a alimentação é sempre um desafio (risos). Por exemplo, adoro pão, mas tive que reduzir o consumo (risos). No começo, fiquei preocupada. Mas depois entendi que poderia continuar comendo, só comeria de uma maneira diferente, em uma quantidade menor.
Você acha que a sua beleza ajudou ou atrapalhou em sua carreira?
Sou uma pessoa que está dentro de um padrão e isso abre portas.
Como estão os preparativos para o casamento com Pedro?
No momento, não estão (risos). Meu foco está na novela, o roteiro de gravações é intenso. Então, no momento, não consegui ver nada. Vou ver tudo depois que terminar de gravar a novela.
Você vai fazer um festão ou algo mais intimista? Conte-nos algum detalhe da cerimônia…
Acho que eu não faria uma festa tradicional. Tenho vontade de reunir amigos, talvez em um lugar mais tranquilo. Será um momento de celebração e queremos compartilhar isso com nossos amigos e familiares. Mas ainda não decidimos nada sobre isso.
O relógio biológico materno já bateu? Já quer encomenda um filho?
Tenho vontade de ser mãe e o Pedro também tem o sonho de ser pai. É algo que está nos nossos planos, mas não para agora.
Ser mãe sempre foi um sonho?
Sim, sempre gostei de criança. Só ainda não sei quando vai ser.
Como é a mãe que gostaria de ser?
Ainda não pensei muito sobre isso. Acho que maternidade é algo tão complexo. Quero ser a melhor mãe que puder ser, sem tanta culpa. Porque maternidade ainda é algo que pode gerar culpa. Acho que mais do que a mãe que eu quero ser, a pergunta seria: como desejo que meu filho esteja no mundo? E desejo que ele seja livre, que lute pelo acredita, que saiba que ele pode ser o que quiser, que tenha consciência do coletivo, de que tudo está conectado. E que respeite os outros.