Post do narrador Rômulo Mendonça, da ESPN, ironizando comercial de Neymar

O narrador Rômulo Mendonça, ESPN, está aguardando o contato de patrocinadores para gravar um comercial com um pedido de desculpas público e remunerado. “Nos últimos anos tenho cometido muitos erros. Muitos gritos em narrações, além de piadas, ironias e deboches em excesso. Decidi me desculpar publicamente. Aguardo patrocinadores”, escreveu em seu perfil no Twitter. Além de narrar os jogos da NBA e de outras modalidades, e criar bordões como “‘Aqui não, neném! Vai caçar Pokémon”, “Sua Lambisgoia”, “O Mensageiro do Caos” e outros, Rômulo é também comentarista bem humorado.

“Vi a propaganda do Neymar e achei a situação muito exótica, com o Neymar capitalizando com um pedido de desculpas. Eu quis ironizar esta situação”, disse Mendonça à Coluna do Boleiro. Ele reparou também que na fala do atacante da seleção brasileira e do PSG tem até um pequeno erro: “Ele fala que ‘dói muito mais do que pisão no tornozelo operado’, mas ele operou o dedo do pé”, completou.   

Rômulo durante as finais da NBA em 2018

A referência é para o comercial/depoimento de Neymar, sob patrocínio da Gillette. O texto escrito pela agência de publicidade Grey Brasil, foi lido e gravado pelo jogador. A ação foi fruto de uma pesquisa global feita pela Ketchum em dez países, com mais de cinco mil homens. Mas a reação nas mídias sociais não foi das melhores.

Leia abaixo o discurso de Neymar:

“Trava da chuteira na panturrilha, joelhada na coluna, pisão no pé. Você pode achar que eu exagero e às vezes eu exagero mesmo. Mas a real é que eu sofro dentro de campo. Agora, na boa, você não imagina o que eu passo fora dele. Quando eu saio sem dar entrevista não é porque só quero os louros da vitória, mas porque ainda não aprendi a te decepcionar. Quando eu pareço malcriado, não é porque sou um moleque mimado, mas é porque eu ainda não aprendi a me frustrar. Dentro de mim ainda existe um menino. Às vezes ele encanta o mundo e às vezes ele irrita todo mundo. E minha luta é para manter este menino vivo, mas dentro de mim e não dentro de campo. Você pode achar que eu caio demais, mas a verdade é que eu caí. Eu desmoronei. Isso dói muito mais do que pisão no tornozelo operado. Eu demorei para aceitar suas críticas. Eu demorei a me olhar no espelho e me transformar num novo homem. Mas hoje eu tô aqui, de cara limpa, de peito aberto. Eu caí, mas só quem cai pode se levantar. Você pode continuar jogando pedra ou pode jogar estas pedras fora e me ajudar a ficar de pé. E quando eu fico de pé, o Brasil inteiro levanta comigo”.

 

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