Maria Helena, de 77 anos e mãe de Francisco Assis Pereira – conhecido como Maníaco do Parque –, disse acreditar que ele esteja pronto para voltar a viver em sociedade e destacou que “não vou abandoná-lo e nem falar mal”.

Em entrevista ao programa ‘Domingo Espetacular’, da Record TV, exibida no domingo 10, ela alegou que se sente atormentada pelo filho estar preso. “Poderia estar falando sobre as coisas boas que ele fez”, acrescentou.

Por receio, os pais de Francisco saíram de São Paulo. “Como meu marido foi assaltado várias vezes no açougue, ele desanimou e quis morar no interior”, explicou. Porém o filho, na época com 24 anos, ficou na capital paulista para trabalhar como motoboy.

Helena afirmou que acompanhava as informações sobre os crimes pela TV. “Era perto de onde a gente morava, então comecei a seguir as reportagens. Passava e eu corria para ver”, disse. Ainda segundo ela, ficou assustada quando viu um retrato falado do filho. “Respirei fundo e pensei: ‘Não pode ser, parece com o Francisco’”, completou.

Depois, os dois se encontraram quando ele já estava preso no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). “Pediram para eu perguntar se ele tinha feito aquilo mesmo. Perguntei baixinho, no ouvido, abraçada nele. Francisco disse que não”, disse Helena.

Agora ela está ansiosa para reencontrar o filho, que não vê há 10 anos. “A situação financeira foi caindo. É longe, se eu for, preciso de um hotel para ficar, e não tenho condições”, explicou.

Para ela, Francisco está pronto para voltar a viver em sociedade, mesmo nunca tendo recebido tratamento na cadeia. “Como eu poderia deixar um filho, com todas as coisas que aconteceu, perambulando pelo mundo? Ele deixou de ser uma pessoa má, não vou abandonar e nem falar mal dele para ninguém”, afirmou.

Helena ainda destacou que o irmão mais velho de Francisco será a sombra dele, assim que deixar a cadeia. “Se ele estiver com atitude errada, falo para as autoridades que não vai dar certo”, contou.

O último contato que Francisco teve com a mãe foi por meio de uma carta enviada em agosto deste ano, na qual ele descreveu sua rotina na penitenciária e disse que entendia a ausência dela nas visitas.