‘Não vamos fechar’, diz o presidente da rede privada de distribuição de alimentos em Gaza

O presidente da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), uma rede privada que fornece ajuda em Gaza com apoio de Washington e Israel, afirmou nesta quarta-feira (2) que continuará suas atividades e negou a morte de palestinos durante as distribuições de comida.

“Não vamos fechar. Temos um trabalho a cumprir. É muito simples, fornecer comida gratuita ao povo de Gaza todos os dias. Isso é tudo”, disse aos jornalistas em Bruxelas o presidente da GHF, Johnnie Moore.

A organização beneficente privada, com sede nos Estados Unidos e com fontes de financiamento opacas, começou a operar em Gaza em 26 de maio, depois de Israel bloquear por mais de dois meses a entrada de ajuda no território palestino.

Em várias ocasiões, o Exército israelense abriu fogo contra centenas de palestinos desesperados para obter comida durante as distribuições de ajuda da GHF em um dos quatro pontos onde opera em Gaza.

Tanto a ONU quanto as principais ONGs de ajuda humanitária se recusaram a colaborar com a organização e afirmam que ela contribui para os objetivos militares israelenses e viola os princípios humanitários básicos.

Moore, um líder cristão evangélico aliado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeita os apelos de várias ONGs para encerrar suas atividades e afirma que entregou mais de um milhão de caixas de alimentos desde o início de suas operações.

O responsável pela organização também nega que palestinos tenham morrido nos pontos de distribuição ou perto deles.

“Não tivemos nenhum incidente violento em nossos pontos de distribuição. Tampouco tivemos um incidente violento nas imediações de nossos pontos de distribuição”, afirmou Moore.

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