Esta semana, a Justiça de São Paulo julgou Paulo Cupertino, acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram o ator Rafael Miguel e seus pais, João e Miriam. Ele foi condenado por triplo homicídio com qualificação por motivo torpe e por ter impossibilitado a defesa das vítimas. A pena estabelecida foi a de 98 anos de reclusão.
Neste domingo, dia 1, o programa Fantástico, da TV Globo, mostrou os bastidores do julgamento que aconteceu entre os dias 29 e 30 de maio.
O crime aconteceu em 2019, quando Rafael tinha 22 anos e namorava Isabela, filha de Cupertino. O pai era contra o relacionamento. Diante das restrições para que Rafael e Isabela se encontrassem, João e Miriam procuraram Cupertino para uma conversa. Durante o encontro, a família foi morta.
Na sala de audiência, à esquerda ficava a acusação, representada pelo Ministério Público. Do outro lado, ficava a defesa. Os parentes das vítimas estavam nas primeiras fileiras. O Conselho de Sentença, formado por sete pessoas comuns, decidiu que o réu era culpado pelos assassinatos.
Apesar das provas, ele negou ser o responsável pelos assassinatos. “Impossível eu ter cometido esse crime. Eu não tenho que pedir perdão, tá? Porque nunca carrego isso no meu coração. Eu não tenho pesadelo, não sonho, não tenho arrependimento. Porque não vem a imagem de eu matando o Rafael, a senhora Miriam e o senhor João”, disse.
Em seu depoimento como testemunha, a filha de Cupertino relatou como o crime aconteceu. “Ele abriu a porta muito nervoso. Me puxou pelo braço e me jogou para dentro de casa. Foi o momento em que o Rafael segurou o portão e falou: ‘Não, vamos conversar’. Eu ouço meu pai dizendo: ‘Conversar nada’. E após essa fala, foi o momento em que ouvi os disparos”, afirmou.