O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não pretende concorrer nas eleições de 2026. A fala ocorreu durante entrevista ao ICL Notícias nesta sexta-feira, 21.
O jornalista Leandro Demori mencionou a afirmou presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que há uma discussão com muitos partidos políticos e a sociedade brasileira para saber se ele deve ser candidato ou não à reeleição. Depois, o profissional destacou que houve o vazamento de uma reunião dos ministro com o mandatário enquanto Haddad estava fora do país, na qual a Fazenda teria sido responsabilizada pelas crises do governo.
Demori afirmou que ouviu pessoas que estavam presentes na reunião e elas destacaram que isso não foi dito. “Esse campo minado seria parte do jogo de 2026? O senhor acredita que o bombardeamento público que vem sofrendo tem relação com 2026, caso o presidente não concorra e já eliminar a possibilidade de o senhor disputar a Presidência da República?”, questionou o jornalista.
Haddad destacou que o presidente tem todas as condições para concorrer e chegar competitivo no pleito. “Eu já disse, inclusive ao presidente Lula, que não tenho nenhuma pretensão de concorrer em 2026 a nenhum cargo”.
+ ‘Fake news de um moleque’, diz Haddad sobre polêmica do Pix
Para o ministro, a experiência de ter sido candidato à presidência em 2018 contra o então concorrente Jair Bolsonaro (PL) já foi o suficiente. “Com o Lula preso, ninguém queria se candidatar. Então, na falta, [me coloquei à disposição] porque eu entendia que alguém tinha que representar o legado do presidente e mostrar para a sociedade o que estava acontecendo”, disse, em referência à Operação Lava Jato.
“Agora acredito que estamos em um outro momento. Principalmente com a denúncia [da Procuradoria-Geral da República] contra os golpistas de 2022, que tentaram permanecer no poder arrebentando com as contas públicas e as instituições, comprometendo até as Forças Armadas brasileiras”, completou Haddad.
Na terça-feira, 18, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por participação na trama golpista. O processo seguirá ao STF (Supremo Tribunal Federal), que decidirá se vai ou não levar o caso a julgamento.
