O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou que não vê o voto facultativo como uma solução para o número crescente de votos nulos, brancos e abstenções. “Não me animo a subscrever essa versão de que temos de resolver essa questão por meio do voto não obrigatório”, disse o ministro, em entrevista ao canal GloboNews. “O Chile trilhou pelo voto facultativo e teve uma brutal abstenção de 65%”, citou como exemplo.

Mendes também disse que o ministro Herman Benjamin, corregedor-geral do TSE, tem feito um esforço para chegar a uma conclusão no julgamento do processo que pede a cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014 para a Presidência da República. “Espero que consiga fazê-lo ainda este ano”, disse, afirmando em seguida que é possível a separação do julgamento entre Dilma e Temer.

O presidente do TSE procurou minimizar a polêmica envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, na qual Calheiros chamou de “juizeco” Vallisney de Souza Oliveira, o juiz que autorizou a ação da Polícia Federal que terminou com a prisão de quatro policiais legislativos, no âmbito da Operação Métis.

“Temos uma tensão no ar em Brasília que se traduz em palavras ríspidas”, disse. “Mas a forma mais adequada a se reclamar a ação de um juiz é com recurso.” “Mas nós vamos discutir a operação Métis no plenário (do STF)”, afirmou.

Ao final da entrevista, Mendes disse ainda que o Brasil é um país maduro para discutir e reformular a Constituição, em referência a propostas de emenda constitucional que tramitam no Congresso.

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