O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL) foi o convidado da live de IstoÈ desta terça-feira (8). Candidato a presidente da República nas eleições de 2018, quando obteve cerca de 617.000 mil votos, Boulos agora está diante de outro desafio eleitoral, ser candidato a prefeito da capital paulista.

Na conversa com o diretor de redação da revista, Germano Oliveira, falou sobre o pleito deste ano que, para ele, será a primeira vez que os eleitores brasileiros terão a chance de mostrar toda a indignação e as contrariedades contra as frentes do atraso que governam o País.

“Fazer frente ao bolsonarismo e ao mesmo tempo também enfrentar a política elitista dos tucanos do governador João Dória e do prefeito Bruno Covas. As eleições municipais serão um plebiscito contra o bolsonarismo e as frentes do atraso como Dória e o PSDB”, diz.

Bacharel em filosofia, o candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, reforçou o desejo de unir os partidos de esquerda na eleição municipal de São Paulo e que não fará um campanha de ataque ao PT. O escritor disse que o foco dele será, além de derrotar o bolsonarismo, mostrar para os eleitores da capital o preconceito, muitas vezes sustentados em fake news e mentiras, contra os movimentos sociais como o MTST.

“Vamos virar o jogo na cidade de São Paulo e derrotar as máfias, os esquemas, o Bolsonaro, o Dória e o Covas”, enfatizou.

Aos 38 anos, Boulos deixou evidente que não usará a eleição municipal como trampolim para vôo políticos mais altos, como assim fizeram o governador João Dória e o senador José Serra.

“Não serei candidato em 2022. Quero ser prefeito de São Paulo”, afirmou.

No bate-papo, ele falou sobre desigualdade social e educação, “vou adotar o modelo Paulo Freire. Educação não combina com ódio, com arma militar. Não se ensina com chicote”, disse.

“A pandemia escancarou a desigualdade social em São Paulo. Não basta fazer políticas sociais, não basta governar para o povo é preciso governar junto com as pessoas”, entende.

“É uma política de devastação consciente, deliberada”. Quando a pauta abordada é o combate a questão da crise sanitária da Covid-19, ele afirma que “Bolsonaro não salvou vidas tampouco a economia. Ele é corresponsável pelas mortes de milhares de brasileiros. É uma política desastrosa, genocida. Bolsonaro é um lambe-botas de Trump”, critica.

Para Boulos, os riscos da forma autoritária e antidemocrática que o presidente Jair Bolsonaro governa atenta, de fato, contra às instituições democráticas e afirma que ele quer implantar uma ditadura no país.

“Bolsonaro não acha que é presidente da República, mas um rei do Brasil, o imperador. Tudo que ele quer é dar um golpe. Tem-se que parar este cara”, disse

“Quem votou nele pensou que comprou um combatente da corrupção e levou um vagabundo”, finaliza;