Diante do retumbante desastre que é o seu desgoverno, e diante do aprofundamento severo das crises sanitária e econômica nos próximos meses, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, apostou, com sucesso, todas suas fichas na reabilitação eleitoral do ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro, Lula da Silva, a fim de, sob sua ótica, ver facilitado o caminho à reeleição em 22.

O amigão do Queiroz e seu entorno acreditam que reviver a polarização de 2018, entre antipetistas e petistas, seja melhor do que enfrentar, por exemplo, Sergio Moro ou outro nome de peso do centro, como João Doria. Não é por acaso o diuturno exercício de demonização que o devoto da cloroquina e sua horda promovem, especialmente contra esses dois adversários.

Contudo, a mim me parece que, para não variar, o maníaco do tratamento precoce está errado. Creio fortemente na possibilidade do crescimento substancial da candidatura de Sergio Moro, diante do inquestionável recrudescimento da impunidade advinda de agentes públicos, que é o maior ativo eleitoral que o ex-juiz possui. Além disso, restará mais claro ainda o jogo sujo do “sistema”.

Ainda que não seja o ex-ministro da Justiça o nome de peso do centro, há hoje uma parcela majoritária do eleitorado que não comunga com nenhum dos extremos nefastos que assolam o País. O diabo é que esse eleitor não tem atualmente um nome para defender, muito menos um motivo palpável para se digladiar com as hostes do atraso, à esquerda ou à direita.

Igualmente não prevejo vida mansa para o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais com relação a um embate direto com o meliante de São Bernardo. Se, e quando houver a comparação dos dois governos, o líder da quadrilha petista dará de 7×1 no marido da receptora de cheques de milicianos. E, se o tema for corrupção, o Queiroz está aí.

Num segundo turno contra o ex-presidiário, o presidente homicida não terá mais a seu favor milhões de votos de eleitores como eu, antipetistas, sim, mas igualmente, hoje, avessos ao psicopata Bolsonaro. Já, se o segundo turno se der contra um nome forte de centro, a lógica será a mesma. Isso, claro, se o ‘Bolsocaro’ não ficar pelo caminho. Que Deus me ouça!!

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