A extremista Sara Winter fez um longo desabafo nas redes sociais sobre a forma como vem sendo tratada pelo governo de Jair Bolsonaro. Apoiadora do presidente, Sara afirma que não recebe mais orientação do governo e que pessoas ligadas a ela estão sendo exoneradas de cargos nos ministérios.
“Estão exonerando todos os que já tiveram contato comigo, a começar pelo Ministério da Damares [Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos]” declarou. Em outro trecho do texto, Sara diz que está cansada e reclama da falta de ajuda da ministra Damares Alves quando a extremista foi presa pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos.
“Cansada de ficar calada enquanto vejo o governo que dei minha vida enfiar uma p***** no meu c*. Damares? Eu sou a filha que Damares abortou. O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de Junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam”, escreveu.
Falta de atenção
Sara também fez comentários sobre o polêmico acampamento “300 do Brasil”. De acordo com a extremista, ela e os demais participantes foram proibidos de hostilizar jornalistas e foram aconselhados por deputados da base aliada a “não falar mais um ai do [Rodrigo] Maia [presidente da Câmara dos Deputados] ou do STF [Supremo Tribunal Federal]”.
“Obedecemos de boca calada às poucas broncas que nos eram dadas. Chegou uma hora que não entendamos o que estava acontecendo, mas a gente pensava: ‘Deixa ele, ele é estrategista’. Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, desabafou.
“Tanta gente fala que sou infiltrada. Talvez eu devesse virar feminista de novo. Feminista, p***, petista, sei lá. Assim pelo menos eu teria atenção do governo, teria sua estima, teria meus direitos reestabelecidos. Acorda Bolsonaro. Já tá bom de dar surra em quem gosta de você”, declarou Sara.
“E é isso. É isso que vou contar pra qualquer um fora do Brasil que me perguntar: estou vivendo pela vontade de fazer justiça com todos os que estão presos por defender Bolsonaro. Mas não posso mais contar com ele, pois infelizmente, por ‘estratégia’ se tornou parte do establishment”, concluiu a extremista.
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