Não preciso ficar nua

Não preciso ficar nua

Ana Cora Lima Fotos Alê de Souza Débora Nascimento cresceu na Vila Matilde, periferia de São Paulo. É filha do delegado Valdecir Aparecido do Nascimento. Dr. Valdeci ?Cabra Bom?, saudado por comunidades da zona leste paulistana por ajudar a erguer casas populares, hoje é corregedor do Detran em São Paulo. Débora passava os domingos com a avó, assistindo aos programas de Silvio Santos. E não entendia como as pessoas faziam para entrar no aparelho de tevê. Hoje, aos 27 anos, ainda se surpreende em ser destaque da novela Avenida Brasil: Não preciso ficar nua Como está o assédio? Impressionante. Com dois meses de novela, eu já não podia ir ao shopping. ?Tessália, cadê o Leleco?? era a frase que eu mais ouvia. A repercussão é gigantesca. Sinceramente, eu não esperava por tudo isso, o carinho das pessoas. É verdade que queria entrar no aparelho de televisão quando era criança? Sim! Devia ter uns 6 anos e ficava pensando como a pessoa entrava na tevê. Era por causa da minha avó, Nita, que adorava o Silvio Santos. Ela via todos os programas dele e dizia que o sonho dela era conhecê-lo. Não preciso ficar nua Já conheceu Silvio Santos? Não. Se um dia conhecê-lo, me debulho em lágrimas, por causa da minha avó, que faleceu. Uma vez, estava num evento e vi a Hebe Camargo. Meu coração foi na boca. Ainda bem que ela não falou comigo. Eu ia pagar o maior mico. Mas o Silvio é uma coisa de família, de domingo. A gente tinha uma tevê pequena. Sempre fomos bem humildes. Minha avô sentava no chão e estendia um lençol no tapete. Ficávamos todos ali, vendo o Silvio. Como foi crescer linda e filha de delegado? Não era muito bonita na adolescência. Não gostava do meu corpo. E era moleca. Eu e meu irmão subíamos em árvore, rolávamos na grama. E isso do meu pai ser delegado caía por terra quando o conheciam. Ele é brincalhão, comunicativo. Sempre falou para eu aproveitar as oportunidades. Adorava quando chegava sexta-feira. Era o dia que meu pai ia me buscar de viatura na escola. Eu me sentia toda importante. A escola era perto da minha casa, dava para ir andando. Mas ficava feliz quando ele ia me pegar na viatura. Não preciso ficar nua Não gostava do seu corpo? Até o meu corpo ser como é hoje, passei por vários momentos. Até os meus 13 anos, eu era cheinha. Sempre fui tímida, eu me escondia atrás dos óculos. E ainda tinha o meu cabelo, que usava preso porque não sabia lidar com os cachos. Dei uma crescida rápida, mas fiquei sem forma. Não tinha peito, não tinha bunda. Não posaria nua? Não. Ficar nua por um personagem, como fiz em Budapeste, tudo bem. Se a Tessália tiver de ficar pelada, ela fica. Recebi convites bons para posar nua. Mas não preciso. Graças a Deus. Se estivesse precisando, talvez fizesse. Como você conheceu o seu marido (Arthur Rangel, 27 anos, empresário)? Foi no aniversário de um amigo. Foi amor à primeira vista. Nos olhamos e puxamos assunto. Ficamos quatro horas conversando. Sabe aquilo de brilho nos olhos? Foi exatamente isso. Um dia, ele me pediu em namoro. Um mês e meio depois, a gente estava casando. *Confira a entrevista completa e o depoimento de Marcos Caruso, o Leleco de Avenida Brasil, sobre Débora Nascimento na edição de Gente desta semana que está nas bancas a partir deste sábado 21.