“Não posso fazer piada”, diz Eduardo Bolsonaro sobre tortura de Miriam Leitão

Foto: Alan Santos/PR

Na última quarta-feira (27), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL – SP), em reunião no Conselho de Ética da Câmara, voltou a pôr em dúvida a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante o período de ditadura militar. As informações são do UOL.

“A Miriam Leitão diz que foi torturada, assim como todas as pessoas que estão nos presídios hoje em dia dizem que foram torturadas. Ela tendo como única prova o depoimento dela, eu tenho que ser obrigado a acreditar na versão dela, eu não posso sequer fazer uma piada”, declarou Eduardo.

A declaração do parlamentar aconteceu em referência a um processo que responde na Câmara após debochar da tortura sofrida por Leitão, no início de abril. Na ocasião, após a jornalista afirmar, em sua coluna no jornal “O Globo”, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria “inimigo da democracia”, Eduardo, filho do Chefe do Executivo, disse que tinha “pena da cobra”, em menção às torturas sofridas por Miriam.

Leitão foi alvo de tortura em 1972, quando estava grávida, chegando a ser colocada em uma sala escura junto de uma jiboia, por ser militante do PCdoB.