Não poderíamos ouvir uma afronta calados
Débora Bergamasco e Celso Masson
Edição 23/02/2017 - nº 2463
Criado em parceria pelos governos do Brasil e de Portugal em 1988, o Prêmio Camões é a maior honraria literária da língua portuguesa. Cada premiado recebe 100 mil euros (cerca de R$ 360 mil), pagos em partes iguais pelos dois países. Jorge Amado, José Saramago, Raquel de Queiroz, João Cabral de Melo Neto e Mia Couto estão entre os já agraciados. Ao receber o prêmio no dia 17, em São Paulo, o escritor Raduan Nassar, 81 anos, aproveitou a cerimônia para classificar o governo Michel Temer de ilegítimo e defender a ex-presidente Dilma Rousseff. As palavras do autor de “Lavoura Arcaica” e “Um Copo de Cólera” constrangeram o ministro da Cultura, Roberto Freire, 74. “Querer transformar em panfleto político um evento tão importante é algo descabido”, disse o ministro à reportagem de ISTOÉ. Na entrevista a seguir, o ex-militante do Partido Comunista Brasileiro e atual presidente nacional do PPS falou ainda sobre o que tem feito para melhorar a relação do atual governo com a classe artística, da CPI da Lei Rouanet e até dos desafios da esquerda para reconquistar a representatividade nas próximas eleições.
Depois do discurso de Raduan Nassar sobre a iletimidade do governo Temer, o senhor disse que ele não deveria aceitar o Prêmio Camões “em sua integralidade”…
Chegou a falar com o presidente Michel Temer sobre esse episódio? Ele ficou chateado?
A classe artística tem demonstrado resistência ao governo Temer. O senhor vem procurando ampliar o diálogo?
E nas outras áreas? Qual a estratégia de aproximação?
Mas muitos continuam se manifestando contra o governo, como ocorreu recentemente no Festival de Berlim.
Seu antecessor no ministério da Cultura, Marcelo Calero, caiu após um atrito com outro ministro, Geddel Vieira Filho. Esse é um campo minado?
Por exemplo?
Qual sua opinião sobre a CPI da Lei Rouanet, principal fonte de recursos para o fomento à cultura?
Em que aspectos a lei poderia ser aperfeiçoada?
Como isso será feito?
O que está sendo feito quanto às contas cuja prestação ainda está em aberto?
O senhor participou dos governos de dois vice-presidentes que assumiram após processos de impeachment: Itamar Franco e Michel Temer. Quais as semelhanças e diferenças entre os dois?
Mas a aprovação do governo Temer se mantém baixa.
Nesse contexto de corte de despesas, quais os projetos prioritários para o MinC?
Como o senhor avalia a esquerda no Brasil hoje?
Qual o futuro da esquerda?
Alguma chance de reverter essa percepção até 2018?
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