BRUXELAS, 25 JUN (ANSA) – O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25) que não há motivos para criticar a China no início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).   

“Não podemos criticar a China e dizer que eles não reagiram a tempo porque com o que podemos comparar isso? Não existiam outras informações antes daquelas da China”, justificou. Segundo a análise de Ghebreyesus, “as medidas introduzidas em Wuhan eram muito boas e fortes e eles identificaram o vírus e compartilharam imediatamente a sequência”. A cidade foi a primeira a registrar casos da então “misteriosa doença” em dezembro e, poucas semanas depois da notificação da primeira infecção por Covid-19, tanto a localidade como a província de Hubei foram colocadas sob lockdown.   

O diretor da OMS ainda ressaltou que o governo chinês “estava de acordo com a permissão da chegada de especialistas internacionais” ao país e que a China colaborou assim como os países europeus com a entidade.   

A relação entre a China e a entidade vem sendo alvo de constantes críticas internacionais e foi o que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a anunciar a saída do país do órgão. Uma matéria da agência norte-americana Associated Press informou que dirigentes da OMS estavam irritados com os chineses na demora em repassar dados sobre a Covid-19, fato que foi negado por Pequim. (ANSA)